Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sábado, 25 de julho de 2009

Fontes, Túneis, Política e Camionagem

Na vida, como na política, as opções revelar-se-ão sempre como fazendo parte do universo do discutível. Agradar a gregos e a troianos entra na esfera da utopia. Como tal... Há uns largos anos, o fabuloso "Jardim" viu-se amputado da magnífica visão de que se usufruía para a também magnífica Serra de Bornes. A esta castração, devida à tirania do betão, seguiu-se uma outra, reveladora de um atentado à amplitude espacial que oferecia o "Jardim". Em resultado de um estilo arquitectónico de gosto duvidoso, atulhou-se o espaço com desníveis, escadarias, fontes, repuxos e uma pérgula cuja finalidade nunca foi bem percebida por ausência de plantas trepadeiras... O saloísmo, bem ao género de algumas importações «nouvelle vague», do tipo "quantos mais adereços colocar na minha «maison» mais bonita ela fica", assassinou a monumentalidade do "Jardim", colocando o mesmo num patamar de irreversibilidade. O "Jardim" jamais voltará a ostentar a grandeza que o notabilizava. Contudo, a eliminação dos factores que o descaracterizaram é, a meu ver, merecedora de um caloroso aplauso. Mesmo que a autarquia alegue o consumo excessivo de água e a oposição se escude por detrás da execução das obras com recurso a fundos comunitários. Ou ainda no facto de os actuais Presidente da Câmara e Vereador do Turismo, na altura na oposição, terem votado favoravelmente a metamorfose do "Jardim". Na vida, como na política, a mudança é sinónimo de inteligência. Utilizar o passado para justificar a manutenção de atentados paisagísticos e históricos é mais que incongruência humana. É irresponsabilidade política... Caso contrário, para quê a construção da A4? Permitia-se a poupança de uns milhões de euros e persistíamos na aventura da "roleta russa" que, cada vez mais, é imagem de marca do IP4. Ainda que com uns anos de atraso, venha de lá o túnel do Marão e a segurança que representará a entrada da auto-estrada no distrito esquecido. Seja isto analisado á luz do eleitoralismo, ou não. Como contribuinte, é-me indiferente quem me governa, sempre e quando o faça ao serviço dos interesses da população. Por mais afinidade que tenha com alguma ideologia política, não voto em partidos, mas sim em pessoas e em ideias. É por isso que voto num sentido na freguesia em que vivo e faço-o noutro no que ao concelho diz respeito. E não deixo de me divertir com a troca de acusações de eleitoralismo, dependendo do lado da barricada partidária em que se está. A adjudicação da A4 não é propaganda eleitoral a pouco tempo de eleições legislativas? A pompa da inauguração das obras do túnel do Marão, com a presença do Sr.Ministro que transformou o sul do país em "deserto", não terá fins eleitorais? Para a oposição da câmara macedense não será. Mas já o é a celebração do contrato-promessa de compra e venda do terreno para a futura central de camionagem! Não seria mais congruente deliciarmo-nos com os avanços tendentes a uma melhor qualidade de vida sem olhar à cor que os promove? Sem dúvida que seria. Mas seria a forma de cometer um homicídio sobre o "tachismo" reinante neste país, onde a recôndita e olvidada pátria transmontana continua a "botar ó mundo" gente mais virada para os interesses da cor do que para os "patrióticos". Deve ser a essa cambada que pertencem os energúmenos que se divertem, ao abrigo da noite, a apedrejar os autocarros que circulam no IP4. "Quem l'infiasse ua lapada no mêo das bentas!"

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