Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







terça-feira, 27 de maio de 2008

(Mais)Semana - (Mais)Cousas do que já sabemos



"Ibéria-A louca história de uma península"... "Península-A louca história de um ibero"... Foi mais ou menos assim que fiquei após o espanto inicial causado por uma notícia da Rádio Cardal (de Pombal) que anunciava a presença de uma companhia de teatro macedense no Festival de Teatro de Pombal. Ora, para satisfazer a natural curiosidade da possível existência na minha cidade de um elenco teatral com o sugestivo nome de "Peripécia", nada melhor que uma busca extra na net. Não, não é verdade que me transformei num ibero louco, mas estive lá próximo, porque fiquei sem saber se a dita companhia fica "sedeada" ou "sediada" em Vila Real ou em Macedo de Cavaleiros. Fiquei, sim, a saber que é constituída por três membros, dois dos quais espanhóis. Ibéria por Ibéria, pelo menos um deve ser transmontano...
Estive próximo de sair dos carris, mas tal não se verificou. Dos ditos já saíram, há uns anos, os comboios que passavam por terras macedenses. Adianta o DN que o troço entre a estação de Macedo e a do Azibo vai ser recuperado. Mas, quem vai entrar nos carris são as bicicletas, de acordo com o Plano Estratégico de Ecopistas. Mais vale uma má ideia, a ideia nenhuma. O que, neste caso não se aplica, já que a ideia é bem vinda. Já que nos tiraram o comboio e o mesmo fizeram aos carris, que limpem o entulho entretanto acumulado... Mas, o mais agradável desta notícia é a inclusão do antigo edifício da estação no plano de recuperação. Pelos vistos, vamos ter mais uma unidade hoteleira... Compense-se o fecho da estalagem...
Nem de propósito... Acabo de olhar para o Mensageiro e os Sr.Presidente da Câmara afiança que há interesses privados na abertura de mais duas unidades hoteleiras na cidade. Não há fome que não dê em fartura.
Terminado que está, por esta época, o planeta futebol indígena e enquanto se aguarda por mais um Europeu e uns Jogos Olímpicos, sou surpreendido por dois factos que, para mim e na minha ignorância, são inéditos: temos uma equipa de futsal infantil que se sagrou vencedora regional da taça da Associação de Futebol de Bragança; e existe a Associação de Desportos de Combate de Macedo de Cavaleiros. E tem uma campeã e uma vice-campeã nacionais, nas respectivas categorias, na disciplina de kickboxing! Obviamente, os parabéns das "Cousas" e... o redobrado cuidado com o qual passarei a circular pela cidade. Não vá o diabo tecê-las...
Para o final, a agrura dos combustíveis. Não pelos combustíveis em si. A RR adianta que há agricultores a abandonarem os seus campos agrícolas por ser insuportável o peso do preço do gasóleo agrícola. Já o JN apresenta uma reportagem acompanhada por uma fotografia que faz recuar aos velhos tempos da charrua puxada por mulas. Pois, a força animal não provém dos combustíveis... Veja-se o lado positivo: pode este aumento representar uma alavanca para a recuperação de uma espécie em vias de extinção, o burro. Porque, verdade seja dita, há uma outra, à qual, cientificamente, se dá o nome de homo sapiens e que os nossos governantes em conjunto com as "Galps", "BPs", "Repsois" e afins, querem transformar em homo asininus. Aparentemente, esse não está em risco de extinção, mas as suas finanças, definitivamente, sim. Um destes dias, sofremos uma metamorfose e recuamos até ao tempo dos caçadores-recolectores...


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Inenarráveis Cousas do Azibo



Não encontro palavras que caracterizem estas imagens. Trata-se de um mundo único...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A Semana - Cousas de Escárnio e Maldizer





É facto consumado. Vai haver golfe em Macedo. Neste momento, dada a resignação, resta aguardar que os depauperados bolsos que vão pagar a infraestrutura, ainda que seja à custa dos 109 milhões de euros de lucro da Galp no 1º trimestre, sejam ressarcidos num futuro próximo com o retorno, para o concelho, do investimento anunciado de 3 milhões de euros. Parece, porém, que o arranque da obra está atrasado. Como de incumprimentos vive este país, somos o país dos atrasos. Ou, nalguns casos, dos atrasados... Talvez...

O Sr. Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, afiança que o problema do atraso reside na integração de alguns buracos na paisagem do Azibo. Sugiro que aproveite os buracos orçamentais da maioria das famílias portuguesas. Reduzirá, seguramente, em 18 o número de inscritos nos Centros de (des)Emprego...

Ao dar uma vista de olhos ao JN, deparo-me com a notícia que me arrasou o orgulho macedense no último mês: o encerramento da Estalagem. Por isso, não resisto a trazer aqui, de novo, o tema. Deixo um apelo às entidades com responsabilidades neste país e, em particular, aos Srs. Presidentes da Câmara de Macedo e da Região de Turismo do Nordeste Transmontano: não deixem fechar as portas à única unidade hoteleira de 5 estrelas do distrito ou, como no título do JN, a estalagem de presidentes e artistas. Por último, e porque a semana não foi profícua em notícias, satisfaz-me a evolução das infrestruturas concelhias a nível do ensino. O projecto de construção de um pólo escolar para albergar os alunos do 1º ciclo, proporcionando-lhes condições que as actuais escolas não têm, é um passo para o futuro. No entanto, fico a aguardar que não apaguem a pouca história de Macedo e preservem, de algum modo, as escolas do "Toural", do "Trinta" e da "Praça". Esta última já foi objecto de um trabalho interessantíssimo. Pode ser aproveitado o exemplo para o restante par.


domingo, 18 de maio de 2008

Cousas da Serra de Bornes



Observar ao longe o gigante adormecido e não refrear a vontade indómita de lhe penetrar nas entranhas... Não resistir ao apelo do verde que o cobre e de me embrenhar pelos caminhos florestais que lhe rasgam o dorso...
Acompanho o desenho do IP2 sentindo ao mesmo tempo que o gigante cresce no horizonte. Faço o desvio para a estrada que leva a Alfândega e subo, serpenteando por entre veredas e montes, olhando, atrevidamente, para os precipícios que se abrem do lado direito. Estaciono e vagueio ao sabor do anormal vento fresco de Maio, redescobrindo uma paisagem que me é familiar desde criança. Continuo a subida, detendo-me, aqui a ali, sempre que um quadro diferente se pinta aos meus olhos. Decido invadir o estradão de terra que conduz às "antenas". A cada metro da íngreme subida, vencida de forma lenta, que a viatura não é para estas andanças, há pormenores distintos que obrigam a mais um "disparo" da câmara. Desde o local onde se encontram as antenas da RTP, observo um mundo onde não consigo descortinar se lhe assiste um fim, tal a abrangência do horizonte. Acendo um cigarro, mas logo desisto quando me surpreendo com a pureza do ar que posso respirar sem monóxido de carbono. Circulo, vagarosamente, por entre as torres que destoam no ambiente, parecendo que cheguei a um qualquer mundo alienígena. Sou despertado do meu torpor pela interrupção que provoquei num qualquer ritual entre um par de perdizes. Com o vento anormalmente cortante a pentear desmesuradamente a vegetação (e o meu desprotegido par de orelhas), decidi regressar ao conforto do bafo quente de uma lareira que, a esta altura, já deveria estar a aguardar pelos primeiros dias frescos de Outono para o concerto único que gera o crepitar da lenha que lhe dá vida. Ouvi de novo o concerto em época que deveria ser quase estival, olhando ao longe, o gigante protector que espero voltar a visitar proximamente... Até lá...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Afinal, Macedo... Bem... É Macedo... Lindo!!!



Mais uma preciosidade "perdida" na imensidão do YouTube...

A Semana - Cousas de Escárnio e Maldizer


Em tempo de Semana Académica, serviu a dita de bode expiatório para os assaltos verificados em Macedo. Nas palavras do comandante do grupo territorial de Bragança da GNR, trata-se apenas de casos isolados. Ainda que o "isolamento" se tenha circunstrito a 4... Caso fossem 8, tratar-se-iam, seguramente, de casos isolados, ou seja, um de cada vez... Parece que o progresso chegou, de vez, à cidade interior...
Ironias à parte, parece mesmo que o progresso está de armas e bagagens a mover-se para a região transmontana. Já tinha sido aqui aflorada a "plantação" do parque eólico da Serra da Nogueira, bem como a abertura do concurso para a auto-estrada Amarante-Bragança. A novidade desta semana reside no projecto para a chegada da Banda Larga aos municípios integrantes da Terra Quente (o concelho de Macedo é um género de hermafrodita regional - é meio Terra Quente, meio Terra Fria). Avaliando as coisas pela vertente positiva, estamos prestes, ainda que em projecto, a deixar de ser uma cidade de província. Vejamos: já temos ensino superior (cada vez menos, é verdade), temos rali, parapente, temos barragem. Estamos quase a ter energia eólica, auto-estrada, banda larga... Até já temos assaltos (ainda que isolados)...
Mas, segundo os dados divulgados pela AIICOPN, a Câmara de Macedo inclui-se entre o restrito grupo daquelas que saldam as suas dívidas de obras públicas num prazo que decorre entre os 3 e os 6 meses. Como o Porto consta desse, como disse, restrito grupo, mais um sinal de que nos aproximamos a passos largos de constituir uma cidade cosmopolita... Ou estamos ricos... Ou, deixando o maldizer um pouco de lado, até podemos ter uma Câmara que gere bem as suas contas. À custa de quê ou de quem, já seriam contas de outro rosário... (Tinha que vir a alfinetada...).
Pior que uma alfinetada é ter tido conhecimento (uma vez mais, pelo Semanário Transmontano e, ainda uma vez mais, pela pena de João Branco) dos verdadeiros motivos que retiraram água da "Maria da Fonte". Não é que os habitantes da Cortinha do Moinho e do Prado de Cavaleiros, qual regresso a tempos medievais, despejavam os seus bacios transformados em modernas sanitas para o curso do ribeiro que atravessa a cidade? Vieram os desarranjos intestinais para quem teve a ousadia de saciar-se na Maria da Fonte ou na Fonte do Cipreste... E cortou-se o abastecimento de água às ditas. Pudera!... Mais a sul, concretamente nas "aberrações" que se construíram ao fundo do Jardim, quiseram imitar os conterrâneos de norte e, vai de criar "afluentes" para o dito ribeiro. Para uma cidade galardoada com o ECOXXI...
O "Expresso" faz menção a Macedo! Por motivos pouco ou nada agradáveis: somos um concelho doente. O risco relativo de internamento dos residentes do concelho supera 40 a 57% a média nacional! Traduzido em números, situamo-nos na fasquia da taxa de internamentos anuais de 12.212,4 a 13.766,4 por cem mil habitantes. E não vale a pena mudar para a capital de distrito, porque está incluída no mesmo pelotão. Contudo, mudemo-nos para Vinhais, que se inclui no restrito grupo de 5 concelhos que possuem a taxa mais baixa da país, onde o valor médio se situa nos 8.750,8 por cem mil habitantes.
O que precisamos, mesmo, é fazer do quotidiano, não uma espécie de magazine, mas um pouco do nome do grupo teatral que fez uma recente aparição em Macedo: os ALCÓMICOS ANÓNIMOS... Nota 20!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mas se afogarem mesmo...



...fica a recordação para a posteridade de uma viagem única, fantástica, indescritível. De arrepiar os sentidos...

Nunca é demais recordar



Não afundem este mundo distinto!!!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Mais Cousas Preciosas do YouTube



Desconheço a localização das filmagens mas bem haja quem as colocou em circulação. Já não me recordava da "cantiga triste" de um carro de bois a chiar. Regressos à infância...

terça-feira, 6 de maio de 2008

A Semana - Cousas de Escárnio e Maldizer




Só para contrariar o maldizer, comecemos por dizer bem. O jornal Barlavento do "longínquo" Algarve faz menção à manutenção da bandeira azul na praia fluvial do Azibo. Indo mais longe, refere que "é a primeira vez no Programa Bandeira Azul que uma zona balnear fluvial é galardoada cinco vezes consecutivas". Cá bem no fundo, senti um eritrócito a estremecer de orgulho no meu sangue transmontano. Como no melhor pano cai a nódoa, a fazer fé nos valores apresentados no Semanário Transmontano, está previsto um investimento de 3 milhões (sim, 3 MILHÕES!) de euros no novo campo de golfe do Azibo. Estou perfeitamente de acordo com a implantação de uma infraestrutura para a prática de um desporto, ainda considerado de elites, no meu concelho. Mas, 3 MILHÕES de EUROS??? Não sou um apaixonado do golfe, apesar de já o ter praticado e de ter iniciado o meu contacto com o dito desporto (?) sendo caddie (um amigo convenceu-me - e era verdade - que se ganhavam uns trocos extra de fim-de-semana em pura diversão). Mas, mesmo não sendo um apaixonado, enquadro-me no grupo dos que concordam que qualquer investimento público é bem vindo para uma região com poucos atractivos comparativamente com o litoral, isto se exceptuarmos os de carácter natural. Porém, por valores deste calibre, haverá, seguramente outras prioridades. E, a crer nos números apresentados (e aí, confesso que sou um leigo), é possível a construção de "quinze bons campos de nove buracos", segundo o cronista Manuel Bandeirinha. Assim sendo, gastem lá os cerca de 350.000 € num campo de 9 buracos e apliquem os restantes 2.650.000 €, por exemplo, para comprar o excedente de produção de batata do Nordeste transmontano... Os agricultores agradecem e eu neles me incluo.

Por "falar" de investimentos... Parece que vem aí a "plantação" do parque eólico da Serra da Nogueira. Mesmo com as possíveis contestações ambientalistas (que serão, provavelmente abafadas pelo presidente da PENOG, Carlos Pimenta. Lembram-se dele?...), é um investimento bem vindo, em especial para um país que não é auto-suficiente em termos energéticos. E, afinal, sempre que passo no Alvão, as hélices até que não destoam muito na paisagem. No máximo, e dependendo da localização, apenas teremos que nos habituar a uns pirilampos maiores que o habitual a piscar a norte...

Para o fim fica o 25 de Abril. E as polémicas declarações da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros na Rádio Onda Livre. Sinceramente, não percebo a celeuma: a revolução dos cravos não significou a liberdade de expressão? Mesmo que na Constituição esteja vedado o uso de símbolos de extrema-direita... As declarações de Sílvia Garcia são normais, baseadas no direito de auto-expressão e enquadradas num problema gravíssimo que afecta a nossa sociedade: a Educação (ou a falta dela...). Não ouvi, nem li, que a Sra. Vereadora tenha apelado à repressão nem à castração de liberdades individuais. Não ouvi, nem li, que tenha sugerido a ressuscitação da PIDE. Não ouvi, nem li, que tenha dito qualquer expressão com qualquer conotação a políticas fascistas. Li, sim, declarações que revelam uma grande maturidade com a percepção de que este país, em termos educativos, já não está de tanga: recuou até aos tempos em que o primeiro Australopitecus ganhou a bipedia e desceu das árvores. E não, não precisamos do Salazar. Precisamos de gente que não se aproveite politicamente de expressões que considera infelizes e que se preocupe com a infelicidade que é estarmos (todos) a contribuir para uma geração ainda mais "rasca" do que a antecessora e que mereceu esse "elogio" de um anterior governante...

Cousas de descompressão



Depois de garantida a manutenção, chegou a fase de descompressão. A derrota caseira com o Prado por 0-2 não desvirtua a anterior campanha imaculada nesta fase da manutenção. Preferiria que os objectivos fossem outros. De qualquer forma, fica aqui o registo de um "parabéns" a Rui Vilarinho e "sus muchachos".