Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Variações de fim-de-semana

Todos temos que fazer opções... Neste fim-de-semana que se aproxima gostaria de repetir aventuras de outros anos. No entanto, confesso que fico com um ligeiro amargo de boca. Apenas porque me apetecia reviver o pretérito fim-de-samana... O mesmo frio cortante, o mesmo vento gélido, o mesmo céu azul... As mesmas imagens, as árvores desprovidas de folhagem, os lameiros, os montes, as gentes. E, já agora, caso não fosse ser demasiado exigente, a neve. E a Feira da Caça e do Turismo... Sugestões...

sábado, 8 de janeiro de 2011

A improbabilidade provável


Um dos obscuros aspectos da cidade parece ter subido, definitivamente, à província. Enfermidades dos tempos modernos. Hediondas enfermidades, direi... A recusa na crença foi deixando esta publicação a marinar. Prolongou-se a marinada dias a fio, à espera de um qualquer ingrediente que lhe alterasse a excessiva acidez. As consecutivas provas foram revelando que os potenciais receios em vão não eram... Ao invés de condimentos básicos, ao composto foram sendo adicionados, quase diariamente, temperos que lhe diminuíram o pH. A culinária dos dias também tem direito às suas desventuras... Casos há em que as ditas desventuras deixam o acre sabor do fel... Assim, amargo, arrepiante, capaz de ressuscitar finadas papilas gustativas... Assemelhe-se esta "cousa" a uma dúvida existencial, uma daquelas em que se duvida até da própria existência da dúvida. Ter-se-á instalado o crime em Macedo de Cavaleiros? Ou terão chegado os ventos da impunidade? Inocentemente, vou-me debatendo com as novas (velhas) provenientes da terra-mãe. No último mês, as novas transfiguraram-se, inusitadamente, em... novas. Ora são ajustes de contas que incluem uns balázios nocturnos... Ora são simulações de raptos... Passando pelo descaramento do furto, em plena via pública, de uma carrinha de distribuição de pastéis... Ou de uma máquina de lavar de uma loja de electrodomésticos... Terminando no sacrilégio do furto de uma imagem do séc. XVII do Menino Jesus, do interior da Igreja de S. Pedro... Será impressão minha, estarei com algum delírio persecutório, será algum complexo momentâneo? Dirão os mais moderados sectores, aqueles que tratam de depositar as culpas nas desigualdades que eles próprios criam, que esta "cousa" não passará de uma perversão da realidade, levada a cabo por uma cambada de conjurados, numa mediática conspiração para tomar de assalto a pacatez da gente. Mas, entretanto, vamos sendo assaltados... Será por gente do RSI? Será pelos vitimados por xenofobia? Será pelos desgraçados que engrossam as estatísticas? Será pelos que lutam por certas liberalizações? Será por nós próprios? Ou pela santa ironia?... Irrisórias apreensões perante as estéreis querelas diplomáticas entre o Cavaquistão, a Alegrândia, a Nobrânia e afins territórios deste enclave presidencial... Siga a dança que o povo está cá para dançar segundo os acordes que lhe impõem. Como mau dançarino, limito-me à inconveniência de repensar algumas coisas. E, verdade vos digo, começo a pensar se não trocaria, de bom grado, esta merda de liberdade por um pouco mais de segurança... Acidez dixit...

domingo, 2 de janeiro de 2011

A Linha é Tua...

... as saudades são Minhas, o poder é Deles, a asnice é Nossa. E, bem elaborada a teia de pensamentos, o património enquadramento deveria ter também no que Nosso é. Porém, atente-se numa qualquer verbal forma de pretérito mais que recente, e iluminar-se-á o gramatical hemisfério da Nossa tolice com um pretérito mais que imperfeito. Num presente do conjuntivo no qual, se não não me sentisse tratado como sandeu, não recearia por uma enterite da alma num qualquer futuro condicional, apenas porque me sinto condicionado por quem, por derivações de universais sufrágios, me vai compulsivamente tentando convencer que a minha massa encefálica sofreu um revés, com directas conexões ao intestino grosso. Será por isso que sou acossado por estes flatos do espírito? Talvez ainda não esteja definitivamente convencido, apenas pela consciência da presença deste paradoxo de sofrer de flatulência espiritual na ausência de gás sulfídrico. Convenço-me, tão só, da permanência destas eructações da mente, de cuja etiologia tenho perfeita noção, enquanto não me inoculam definitivamente com "stupidus vírus". Valha-me o remanso do original significado de "stupidu"... E valha-me o conforto de não me sentir um asceta nesta estranha forma de arrotar inconveniências em relação àqueles a quem dou significativa contribuição para a sua eutrofia. Não resisto a coçar esta micose da alma, pruridos tantos por ver os poucos que engordam à custa dos muitos que definham. E porquê toda esta verborreia? Coisa simples, coisa pouca, apenas uma elaborada campanha publicitária da CP, que me fustigou a sesta dos meus pacatos neurónios, e me trincou os ossos até à medula, tal foi o arrepio, que até os pêlos do peito que não tenho ficaram eriçados. Nada que tenha ocorrido em Macedo de Cavaleiros, ou Mirandela, ou Bragança. Mas, a crer nas boas novas, a prima capital do distrito vizinho, vilipendiada de idênticas formas, amputada que vai sendo de férreas vias, por andar morfinizada a nossa férrea vontade, viu as suas artérias serem adornadas por um "outdoor" onde se lê, a garrafais letras: «MUDE A SUA VIDA, VÁ DE COMBOIO»... "Bô, mas atão já tchiguemos adonde, ou que caralhitchas é esta mangação? Atão, racosim-nos o quimboio, é ua stragação botar as bistas nas stações ó Deus dará, tratum-nos cmu se fossemos uns tchibos de segunda, amoutchemus-nos e ós depeis inda querim que bamos de quimboio?"... Que vão gozar com o CQOR (abreviatura vernácula, aqui decorada a eufemismo: que vão gozar com um Quercus Que Os Racosa!)...