Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







quarta-feira, 23 de julho de 2008

As ditas e habituais cousas da semana


A abrir as hostilidades, um lamento: habituei-me (mal, pelos vistos) a matar saudades de uma das minhas terrinhas do coração (Lamas, antiga "de Podence") através do "ecosdelamas.blogspot.com". Vou estranhando a ausência de posts desde o "longínquo" 1 de Junho. Sinceramente, desejo que o autor do blog não tenha sofrido algum contratempo de maior e que seja apenas algo que afecta a maioria da gente, ou seja, a falta de tempo.

Saindo das hostilidades e entrando no campo das congratulações, satisfaz-me verificar que, apesar de atravessarmos a malfadada época de incêndios, os dados disponíveis até 14 de Julho são animadores: poucos fogos e de reduzida dimensão. Que a prevenção já aqui mencionada tenha as suas consequências. Fico satisfeito, de igual forma, ao tomar conhecimento da disponibilização de novos meios de comunicação aos bombeiros do distrito e, particularmente, no que directamente mais me diz respeito, aos Voluntários de Macedo. Que sejam o meio de evitar tragédias como aquela que vitimou, há uns anos, uma figura à qual presto aqui a minha homenagem, o "Celeirós".
Desconhecendo se é pelo aproximar de um período de férias, que me permitirá revisitar amigos e velhos conhecidos, hoje não estou virado para a "paródia e maldizer". Por tal interregno de "pimenta", tenho que endereçar, por esta via, os parabéns à ACIMC pelos seus 20 anos. Gostaria, certamente, de poder efectuar uma breve viagem no tempo e regressar à louca época em que larguei o "carimbo" de "teenager". Como tal não é possível, fica a pontinha de inveja em relação a quem, globalmente bem, tem dirigido os destinos da Feira de S.Pedro (e não só).
Uma nota final para três freguesias do concelho, por motivos distintos. A primeira delas, Talhinhas, por ser muito mais velha que a anteriormente mencionda ACIMC: comemora, neste ano, os seus 750 anos. Bonita idade, sem dúvida e à qual desejo que chegue a aludida ACIMC, porque nós, a bem dizer, nessa altura faremos parte da história dos longínquos séculos XX-XXI. De seguida, uma nota de apreço à perseverança de Lamalonga: não é para todos aguardar 30 anos pelo término, e respectiva inauguração, do edifício da Junta de Freguesia. A finalizar, um bem haja a Morais pela iniciativa da recriação da malha do trigo. E agora... Venham de lá uns bons mergulhos na "barragem", que bem estou precisado...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Existe mundo para além do meu




É o que me transmitem alguns migradores ocasionais. Macedo é, sem dúvida, uma terra única, que fará parte de um certo Reino Maravilhoso de Torga. Por vezes, vou sentindo um certo ressentimento por ainda não ter prestado uma homenagem à minha terra adoptiva. Porque também possui as suas belezas peculiares e distintas. Talvez seja o momento de lhe prestar aqui a devida homenagem. E um obrigado à andorinha que, pacientemente, aguardou pelo registo para a posteridade...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

(Mais) Cousas do S. Pedro



Mais um ano... 25 anos... O tempo é implacável. Ainda me recordo do arcaísmo em que decorreram os primeiros certames da Feira de S. Pedro. Como macedense de gema, sinto orgulho na vitalidade que atingiu a "festa". Contudo, não há bela sem senão. Já me tinha referido à inércia (ou, antes, à timidez) do público transmontano quando presencia espectáculos, a propósito do Pedro Khima. Como até gosto de uns pés de dança, particularmente quando se trata de músicas de inspiração latina ou africana, a minha pirralha (que herdou esses genes paternos), convenceu-me a assistir ao espectáculo dos Irmãos Verdades. E não é que o ritmo africano não contagiou o público, tal como seria de esperar? Como até me sinto um alienígena na terra-mãe, foi a minha vez de convencer a descendência a perder a inibição e a lançar-me na aventura de bambolear ao ritmo frenético da kizomba. Obviamente que, quem por perto estava, não perdeu a oportunidade de, ainda que timidamente, acompanhar os dois estranhos que dançavam sem se importunarem com os olhares de espanto que sobre eles pendiam. A verdade é que, ainda hoje, não deixo de sentir algum constrangimento quando circulo pela terra que me viu nascer. Mas daí a assitir a um concerto de braços cruzados sem manifestar a mínima emoção, vai uma grande distância! Será que o "povo" só se desinibe com uns canecos em cima? Ainda hoje voltei a pensar nisso: à hora do almoço, reparei que havia um programa emitido em directo a partir de Bragança. E não é que os adolescentes que a apresentadora ia tentando entrevistar ou se afastavam, ou não conseguiam falar ou, os que falavam, apesar do desafio, não conseguiam olhar para a dita apresentadora ou para a câmara? Que raio de bicho mordeu esta gente? Parece que se sofre de um qualquer complexo de inferioridade! Ou será de interioridade? "Pôrra"!!! Somos poucos, mas bons!!! E parece que a minha gente tem dificuldades em acreditar nisso!...

Cousas de 2 Semanas




O pulmão da cidade está a ser objecto de uma intervenção, com o intuito de minimizar os potenciais riscos de incêndio nesta época estival tão martirizante para as florestas nacionais. Prevenção deveria ser um termo aplicado a outros quadrantes do quotidiano deste país à beira-mar plantado. Todavia, pelo andar da carruagem, parece já não haver prevenção que valha a este rectângulo que enferma de uma combustão acelerada, traduzida nos constantes indicadores negativos, quando nos comparamos com os restante membros da UE. Louve-se a atitude da Câmara Municipal e das restantes entidades envolvidas para contrariar o flagelo que representam os incêndios. Incendiária poderá ser a pretensão de alguns bares macedenses, ao solicitarem o alargamento do funcionamento nocturno. A crer na RBA, dos cinco que pediram o licenciamento, dois foram excluídos. Virá polémica, na certa... Polémica já existe com a construção da Barragem do Baixo Sabor. Os ambientalistas continuam na sua legítima onda de protestos. O Governo e a Associação de Municípios do Baixo Sabor insistem nos argumentos económicos. Uns e outros têm razão. Mas, afinal, onde está a razão? Neste caso, como, aliás, será extensível a qualquer querela, existe a razão de um lado, a do outro e a correcta... Razões políticas à parte, por muito que me custe o desaparecimento do "único rio selvagem da Europa", não temos, em Trás-os-Montes, o Parque do Douro Internacional? E a Paisagem Protegida do Azibo? E não estão ambos num contexto de barragens (com objectivos distintos, é certo)? E qual foi a biodiversidade gerada em ambas as situações? Na minha ignorância, verifico que foi imensa! Basta consultar os sites dos referidos parques... E mais polémica advém das declarações do presidente do INEM à Antena 1. Não é que o "iluminado senhor" garante que já não é necessário o célebre helicóptero para a região transmontana, e que deveria ficar sedeado em Macedo? Pois fique sabendo o dito "iluminado senhor" que, segundo dados oficiais, o helicóptero do INEM estacionado em Matosinhos possui a maior fatia de serviços de emergência no distrito de Bragança? Porque será? Seguramente, porque Sua Excelência deve desconhecer o isolamento e a falta de meios a que está votada esta (pouca) gente (votante). E os compromissos assumidos por Correia de Campos nos protocolos que estabeleceu com as autarquias do Nordeste Transmontano? Será que a desculpa é que ele já cá não está (salvo seja...) e, entretanto, houve um inesperado surto de desenvolvimento nas condições de saúde transmontanas? Não me diga!!!... Bem-haja a sensatez de Mota Andrade!!!

No momento em que se fala da eventualidade do prolongamento da via ferroviária até Puebla de Sanabria, passando pelos concelhos de Macedo e Bragança, surge mais uma voz a contestar a construção da Barragem do Tua. Desta vez, foi Francisco a querer partir a "Louçã". Pareceram-me acertadas as suas declarações e, afinal de contas, sempre ganhou com a espectacularidade da viagem que fez no Metro não-Lisboeta, entre o Tua e Mirandela. Aproveite, por favor, para convidar os seus parceiros de Assembleia para fazerem o mesmo e verificarem, in loco, o crime que está prestes a cometer-se. E, já agora, convide a senhora Manuela Ferreira Leite e os senhores José Sócrates, Paulo Portas e Jerónimo de Sousa para, em vez do debate no monótono S.Bento, efectuarem um "tu-cá-tu-lá" a bordo de uma "verdinha", rodeados por uma paisagem sem os ares baforentos da capital...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cousas da Feira

Ou é impressão minha, ou Macedo está um pouco parado no tempo. Regressei, por uns dias, às origens. É verdade que, apesar de as temperaturas não serem propriamente desagradáveis, as previsões de uma onda de calor não passaram disso mesmo. Aliás, permaneço em amena cavaqueira com o teclado, coberto por um manto de nuvens ameaçadoras. Não fosse a presença de um permanente concerto de aves (os meus insuportáveis despertadores matinais), e diria que estava em época antecedente às vindimas. Mas não... Estamos em Julho e, apesar dos meus planos de um ida à barragem antes da invasão de Agosto, parece que os ditos não passarão disso mesmo.
"Regressando" à Feira de S. Pedro. O cartaz, diga-se em abono da verdade, está bem composto e elaborado com o intuito de agradar a todos os gostos. Na Quarta-feira, levei os catraios a assistir ao concerto do Pedro Khima. Como, felizmente, a meu ver, estão habituados a assistir a outros concertos, estranhei a sua desilusão final. Após questionados sobre os porquês da ausência de sorrisos indiciadores de satisfação, as suas respostas reflectem, de uma certa forma, a interioridade. Para ser honesto, não gostaria de ser o Pedro Khima. Esforçar-me, através da entoação dos temas mais conhecidos, para obter como máximo aplauso o permanente entrecruzar de braços da assistência, é desmotivante. Confesso que me senti um verdadeiro alienígena, ao mesmo tempo que "abanava o capacete" na companhia da minha descendência, enquanto os vizinhos do lado desesperavam por não terem a coragem (e será que é preciso coragem?) de fazer aquilo que os acordes ditavam. Que raio de timidez colectiva é esta? Como bem disse um grande amigo meu de infância, num encontro fortuito no final do concerto, "Macedo não merece este tipo de assistência". O que merece Macedo, afinal? Talvez, gente que seja ela própria...