Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







terça-feira, 28 de julho de 2009

Cousas Azibescas

O Azibo é, definitivamente, mais que uma área de lazer e recreio. Muitas referências ocorrem, nas mais diversas publicações, acerca dessa paisagem única e ambiente inimitável que constituem o pulsar da Albufeira. Num breve recurso à memória, assaltam-me os arrepios causados por descrições com uma abrangência paradoxal, que vai de "lago alpino" ao oposto "ambiente mediterrânico". Este local de eleição é um fiel depositário de um pedaço indelével da minha história. Ainda "puto", assisti às dores do parto quando as máquinas invadiam os campos para transformar o minorca rio Azibo num mar de cristal interior. Ouvia, extasiado, os relatos que apontavam a "barragem" como uma das maiores da Europa em "terra batida" (mesmo que não percebesse "peva" sobre o significado de tal expressão). Diziam-me que era para melhorar a rega e o abastecimento de água, mas eu já sonhava arranjar substituto para a Carvalheira como área de mergulhos estivais. Ainda "teenager", tratei de sacralizar o espaço, transformando-o no meu local de eleição para as aventuras do estio. As "escadinhas" foram eleitas como o santuário terminal para as incursões do grupo de "chavalos" que se colocava de polegar ao alto nas imediações do "Bosque", à espera que uma alma gentil se disponibilizasse a dar boleia até à "barragem". Os tempos eram outros e conseguia-se sempre atingir o objectivo, sem receio de qualquer percalço de permeio. Por vezes, mesmo ocorrendo à "tardinha", o percurso entre o cruzamento do IP4 e Santa Combinha era uma verdadeira penitência. Mas valia a pena e o esforço! Mesmo que esse esforço envolvesse uma descida final por uma estrada poeirenta e, numa das situações, com um ataque de cães de gado. As sensações obtidas e as aventuras vividas eram compensadoras. Ainda que a testosterona limitasse a capacidade cerebral e levasse uns malucos a cometer a proeza da travessia a nado até às "escadinhas" do lado de Vale de Prados. Com bilhete de ida e volta... A primeira tentativa foi um sucesso! À segunda, com os "bofes" a darem sinal do excesso tabágico, já não houve regresso pela mesma via. Valeu o tractorista que deu boleia a dois "tchotchos" que deixaram as toalhas, as t-shirts, os chinelos e o tabaco do outro lado. À noitinha ainda lá estavam! Se fosse hoje... Se fosse hoje, restaria o sítio... E já havia parque de merendas, ancoradouro, praias, bares e estrada asfaltada. E já se estariam a discutir as primeiras tacadas no novo eco-campo de golfe... Falta o parque de campismo e uma unidade hoteleira... A evolução tratará de os trazer. Mesmo que contribuam para a descaracterização da "barragem" original. Todavia, deveriam os governantes deste país efectuar um estágio no Azibo. Seria uma aprendizagem sobre descaracterizações que valem a pena... Incluam as mesmas alterações fisionómicas a uma das minhas paixões, ou não. O essencial permanece, assim como as emoções que me desperta, após tantos anos. O Azibo é inigualável, assim como Fernando Pessoa... "Ó LAGO SAGRADO, QUANTO DO TEU SEGREDO SÃO SAUDADES DE MACEDO!"...

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