
Não foram só os piões a transportarem-me para outros tempos. Olhar para as caipirinhas, as cervejolas e as coca-colas fez-me recordar a alegria que representavam umas laranjadas ou umas gasosas. Mesmo quando surgiu a novidade do Sumol de laranja que ia comprar ao Sô Nélson sempre que tinha a benesse de uma moeda de "cincroas". Depois apareceu o Fruto Real e a Laranjina C, mas o Sumol é que era. Especialmente porque, no interior das caricas, apareciam as fotos dos jogadores dos três grandes. Era o marketing-embrionário... Mesmo na dificuldade que existiu em ter a carica do Cavungi... Era só encher a gaveta do Sô Nélson de moedas. Nem que fosse para não beber o Sumol e conseguir ser o primeiro a ter o dito jogador do Benfica. Quando sobravam uns trocos, ainda dava para comprar umas "chiclas". As Piratas eram duras como os acessórios bovinos, mas a alternativa da May não era melhor. Até surgirem as Chiclets e o neologismo trazido não sei por quem de "chuinga" (soa-me a derivação do continente austral - aquele logo a contar de Gibraltar)... O supremo das guloseimas era o tempo dos "rajás", mesmo que já fossem da Olá. Especialmente o gelado dos cãezinhos, vulgo Super Maxi, que trazia um bónus que fazia as delícias da pequenada: autocolantes com cães de várias raças. (Que atrasados éramos!...). A cada ano que passava, fazíamos apostas sobre qual dos gelados desapareceria do escaparate... E ficávamos deliciados a olhar para a novidade dos substitutos... (Que atrasados éramos!... Parte II). Contentávamo-nos com tão pouco (ou com "tão muito")... As Bombokas (as deliciosas e originais do "só há estas, são pra mim!")... Os magníficos Kalkitos... As Colecções de Cromos onde o Jordão, o Néné ou o Gomes eram motivo de mais umas "lambadas" em estéreis discussões sobre quem era o melhor avançado... E os brinquedos de plástico quando ainda não havia "matchboxs"... Ou "transformers"...
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