Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







domingo, 12 de julho de 2009

Cousas de (cada vez mais) Cota

Acabei de entrar numa etapa em que estou a ser assaltado por desejos de ser eternamente jovem. A voz da consciência alerta-me para a utopia dos desejos. Mas a voz do "puto do Toural" faz contrapeso e dá-me permissão para me elevar num sonho em que os primeiros cabelos grisalhos, as rugas, a deficiente forma física ou os "michelins" não são mais que medalhas da guerra do crescimento. O equilíbrio reside na vontade do "eternamente puto" (feitas as contas, deve ser melhor que o "eternamente jovem"). Deve ser por isso que ainda hoje me diverti com o meu pirralho num mini-jogo de futebol de sala (a propriamente dita, onde existem móveis, televisão, candeeiros e demais constituintes desse banal compartimento). Ok... Sei que deve haver uma quantidade enormíssima de gente responsável a considerar esta atitude insensata. Mas também sei que a diversão foi imensa e valeu bem a pena a "irresponsabilidade". O resultado final foi de "2" para a equipa das "Quedas" e "0" para a dos "Acessórios Quebrados"... Idêntico resultado foi conseguido com a fisga que adquiri na Feira de S. Pedro. Mantemos a invencibilidade no que respeita a vidros partidos ou cabeças rachadas... Não deixo de achar piada aos vizinhos que olham, atónitos, para a cumplicidade gerada entre um "cota" e o seu descendente, enquanto decorrem as aulas práticas de "tiro ao arvoredo". Por entre algumas folhas caídas, obtive o retorno de uma reaprendizagem: é fantástico rir, procurar pedras e alvos, sujar as mãos e rebolar na relva! Da mesma forma o é a inenarrável sensação de arrancar um brilho extra num par de olhos azulados sempre que partilho as minhas aventuras de infância. Se todos os adultos se dessem ao trabalho de reaprender as coisas simples da vida, estou seguro que andaria meio mundo menos carrancudo e o outro meio mais sorridente. Todavia, persiste-se na manutenção do ar sério, como se pelo mesmo passasse a resolução da crise que atravessamos. Talvez isso, sim, sejam desejos utópicos...

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