Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







terça-feira, 31 de março de 2009

Politiquices e a praia de Adaúfe (?)

Que ligação poderá existir entre uma praia do rio Cávado, situada numa freguesia de Braga, e umas divagações acerca de Macedo de Cavaleiros? Em termos efectivos, pouca ou nenhuma... No entanto, ao efectuar a minha habitual leitura superficial à imprensa regional deparei-me, no Correio do Minho, com uma chamada que fez estremecer (ainda que ligeiramente) o meu orgulho no Azibo. «Adaúfe: praia fluvial entre as melhores na Zona Norte». "E então o 'meu' Azibo?" - questionei-me. Após ter abandonado a leitura na diagonal percebi que a "minha praia de estimação" era, afinal, a rainha das praias fluviais (título este que provém de um recente estudo da DECO). «Melhor do que Adaúfe, só mesmo a Albufeira do Rio Azibo, em Macedo de Cavaleiros — com ‘Muito Bom’ em todas as áreas apreciadas...» "Brinquemus ou quê? Q'isto num stá pra mangações!" Ou estará? Não possuo filiação política, apesar de estar convicto da ideologia com a qual me identifico. Como há muitos anos que ninguém (de forma efectiva) representa a dita em que acredito, estou capaz de, nas próximas eleições, votar no PSP - PARTIDO dos SEM PARTIDO (não confundir com a representante da segurança pública - oficialmente, pelo menos). Persisto na esperança de que algum iluminado (que não serei eu, certamente) tome a iniciativa da criação de semelhante força política. O meu mais profundo receio é que esse eventual líder adopte como lema do partido "Em Roma, sê Romano". Se assim for, não granjeará a minha simpatia, por ausência de originalidade. É que esse lema parece ser extensível aos actuais líderes partidários que fazem parte da mobília política deste país. Macedo de Cavaleiros teve honras de visita da líder (?) da Oposição. Para lá do mediatismo habitual e da curiosidade que me gerou o eventual reconhecimento de algumas caras familiares nas reportagens televisivas, não assisti a mais que um discurso político do "contra", na senda de semelhante feito muito mais à esquerda, e à manifestação diplomática do dito lema "Em Roma, sê Romano". Mas alguém esperaria que, em pleno coração do Nordeste Transmontano, surgisse um político a afirmar-se contra a auto-estrada transmontana? Talvez nas Berlengas isso fosse aceitável e merecedor de aplausos, mas em Trás-os-Montes correria risco semelhante ao da Ministra da Educação na recente visita que fez a Felgueiras... Porque isto de "politiquices" tem que se lhe diga... Não acreditam? Recentemente, num jantar social, um conhecido político da nossa praça, com o intuito de enaltecer as raízes dos presentes, cometeu a gaffe de "cascar" nos transmontanos, deixando entender que os ditos eram muito poucos para serem merecedores de algo que estava, nesse momento, a ser debatido. Como aqui o dito estava presente, sentiu as entranhas a fervilhar, pediu a palavra e retorquiu: "Excelentíssimo Senhor X, não lhe retiro a legitimidade de afirmar que os transmontanos são poucos. Não se esqueça, contudo, que mesmo em reduzido número, estão espalhados por todo o lado. E não se esqueça, também, de não repetir este discurso caso se desloque a essa terra de pouca gente, mas infinitamente boa." Tive direito a um pedido de desculpas e a sair do dito jantar com um sorriso de orgulho transmontano, "d'urêlh'á urêlha"!

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