Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







domingo, 5 de abril de 2009

Constrangimento por um título: "Escarradelas"...

Foto incluída num magnífico apontamento do Semanário Transmontano, cujo conteúdo transcrito comporta a seguinte aberração: "AFINAL, O PORTUGUÊS NÃO TEM APENAS O FEIO HÁBITO DE CUSPIR NA RUA. PELO MENOS EM MACEDO DE CAVALEIROS, TAMBÉM HÁ QUEM O FAÇA EM RECINTOS FECHADOS, COMO NA NAVE ONDE TEM LUGAR A FAMOSA FEIRA DE SÃO PEDRO. SÓ ASSIM SE PERCEBE O SINAL DE PROIBIÇÃO COLOCADO NA PAREDE DO PAVILHÃO, ONDE, NO SÁBADO PASSADO, DECORREU UM JANTAR COMÍCIO COM MANUELA FERREIRA LEITE." Estou imerso numa maré de dúvidas... Não sei se direccionar a minha ira momentânea contra quem teve a insensatez de expor tal aviso vergonhoso ou se aponto armas para quem teve a desfaçatez de insultar a minha proveniência macedense. Não creio que o "sinal de proibição" a que alude o comentário tivesse réplicas por todo o recinto. Pelo contexto em que está inserida a imagem, a mesma parece restringida a alguma área bastante limitada e isolada. Ainda que assim não fosse, transformar a dita "proibição" num sinal que induz num comportamento rotineiro, extensível ao quotidiano macedense, não passa de aproveitamento jornalístico. A quem teve a ousadia de, esperando obter o Prémio Nobel da Básica Ironia Jornalística ou, quiçá, o Pulitzer, na categoria de "Furo de Reportagem Fotográfica", escrever num semanário com o qual até simpatizava, que "em Macedo de Cavaleiros, também há quem o faça (cuspir) em recintos fechados", deixo-lhe duas simples questões: 1 - Já esteve em Macedo de Cavaleiros? 2 - Caso a resposta seja afirmativa, quantas "escarretas" já lhe acertaram no olho para escrever tal barbaridade? A alguma lhe ter acertado, agradeço-lhe ter estado no local certo, à hora certa, para as ditas não terem acertado em mim... E já que teve o condão de despertar a minha mais profunda faceta vernácula, será dispensável a sua básica ironia numa próxima visita que efectuar à minha "vila". Porque, "cara... ma rafo.." (assim mesmo, de uma forma genuinamente transmontana, com "pontinhos" por respeito a quem mo merece!), arrisca-se a um "sinal, não de proibição, mas sim de permissão" onde seja mencionado "PERMITIDO «CAGAR-SE» PARA JORNALISTAS INOPORTUNOS!" (sim, esse mesmo «verbo» socialmente incorrecto, que toda a gente utiliza, incluindo jornalistas que, provavelmente, também cospem para o chão - quando ninguém vê - e que também se «cagam» - quando ninguém ouve...). Que se «caguem» à vontade, mas sem sujarem a minha terra... E que não cuspam nela porque, dessa forma, nada mais farão que imitar os autóctones... Por mencionar tal coisa... Fica a dúvida inocente: estaria o dito aviso de "proibição" colocado na área reservada à comunicação social? "C'mu debo 'star meio 'spritado, num fui ou q'u dixo!"...

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