
P´á homenagem anterior ser completa, faltavam-me as jóias da coroa. Essas mesmas que me habituei a ver manuseadas pelo meu "velhote" enquanto se dedicava à leitura, a uma tertúlia de amigos ou a uma partida de damas. Ele "já lá está" e a grande maioria dos amigos também. De todos eles, uns mais rijos, outros menos, uns que tiveram uma durabilidade maior, outros cujo prazo de validade terminou mais cedo (entre os quais se inclui o meu próprio "velhote"), não me parece que nenhum tenha finado pelos excessos tabagísticos. Não! Não estou aqui a defender o tabagismo! Aliás, como bom pai (às vezes...), já tive oportunidade de alertar a descendência para os malefícios associados ao tabaco. Mas daí a quererem transformar o tabaco numa heresia, vai uma grande distância. E, afinal de contas, quem é mais passível de excomunhão social? O tabaco, os refrigerantes, a fast-food, a poluição automóvel, os incêndios e abates florestais, as listas de espera nos hospitais ou os hospitais que vamos deixando de ter? Aqueles nos quais esperava, um dia quiçá, ter direito a uns pulmões novinhos em folha, depois de tantos anos no meu papel de contribuinte, directo e indirecto, para a (in)Segurança Social que temos. O que vale é que o tabaco é o bode expiatório para todos os males de que enfermamos. Só não percebo é porque não proíbem, em definitivo, a sua venda, tal o papel demoníaco que parece representar... Como fumador, agradeceria de duas formas. Porque só se sente necessidade daquilo que existe e porque, um ano transcorrido, teria disponibilidades extra para gozar umas férias merecidas... Fora de aeroportos, filas de trânsito e centros comerciais...
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