Quando Macedo é notícia, o meu "arrepiómetro" acusa altos valores de corrente eléctrica. Quando as ditas até são favoráveis ao fervor macedense, surge aquele desfilar de sensações agradáveis que vão percorrendo o escalpe, prolongando-se ao longo da "espinha", algo semelhante a condutividade que faz eriçar até a mais insensível pelagem. Vem isto a propósito da atribuição de um subsídio de quase 3 milhões de euros, através do Programa Operacional Regional do Norte, com o objectivo de recuperação dos "centros históricos, frentes ribeirinhas e parques urbanos". Numa abordagem muito superficial, o meu parque, não o urbano, mas o neuronal, entra numa enorme ebulição provocada por interrogações de âmbito histórico-geográfico.
Mas Macedo tem centro histórico? Caso a resposta seja afirmativa, não sei que localização lhe atribuir. Será o Prado de Cavaleiros, com as suas construções em estilo "Fosforeira Portuguesa" alternando com outras de estilo "Banrezes"? Serão as artérias fronteiras à Igreja Matriz de S. Pedro, num estilo em tudo semelhante, com a agravante da proliferação de centros comerciais em estilo "bacoco"? Será o Jardim, que já foi de um ditador e passou a ser do trabalhador? Conclusão simplista: acho que não temos centro histórico...
E Macedo tem frente ribeirinha? Se a tem, a dita ficou desprovida de sentido há imensos anos, pelo construção do já referido jardim. Ou talvez ainda se considere como frente ribeirinha as traseiras da Santa Casa da Misericórdia e da Cortinha do Moinho... Ou, em última instância, sempre teremos a frente ribeirinha do Azibo... Re-conclusão simplista: acho que não temos frente ribeirinha...
Já no que respeita aos parques urbanos, outro galo canta. E daqueles para quem o nascer do sol se prolonga desde a meia-noite até ao propriamente dito... Reconheço que será mais um daqueles meus acessos de utopia crónica, mas o que o parque urbano macedense precisava era que os ditos 3 milhões de euros se transformassem numa "abéspera" ou num "alacraio" e "botassem" uma ferroada nos mastodontes "macro-fosforeira" que atulharam as vistas "ó" fundo do Jardim. E que, depois, em jeito de substituição ecológica, espetassem no "ground zero" uns "sardeiros" ou umas oliveiras. No tempo das cerejas ou da azeitona, sempre forneceriam umas "carabunhas" para arma de arremesso contra os que permitiram o crime que foi o nascimento dos ditos mastodontes. Mas isto são sonhos de um "birolho" que, de quando em vez, "le dá pra rinhir"... Porque sente saudades de estar sentado num banco do jardim com a serra de Bornes no horizonte...
Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
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