Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sábado, 28 de março de 2009

Cousando sobre a saúde

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. E já não sei em que acredite, se em mentiras se em verdades... Em boa verdade (ou mentira), sinto-me incapaz de percepcionar onde terminam umas e começam as outras. Afinal, dentro da impunidade que (alguns) vão gozando no interior da podridão em que este país vai navegando, "o que hoje é verdade, amanhã é mentira" (ou vice-versa). Vou-me resignando a viver neste país do "nim". País cujos habitantes são o fruto da carga genética legada pela miscelânea de povos que por cá passou. Parece que não gostaram muito disto, porque acabaram todos por regressar às origens... Ainda que esse retorno tenha sido consequência de traulitada e contra-traulitada... Certo, certo, é que hoje somos um fidalgo arruinado com a mania das grandezas. Pensa-se em TGV's e abandonam-se as populações que precisam (sim, precisam!) da linha estreita para se deslocarem aos seus trabalhos, às suas consultas, às suas aulas ou à "feirita", encerrando-se, por tempo indeterminado as Linhas do Corgo e do Tâmega. Igual sorte já tiveram as do Sabor e, parcialmente, a do Tua. Viva o abandono! E viva o ostracismo, também! Não só o que respeita à população transmontana, pelo diminuto poder que representam os seus votos, mas também aquele a que foram votados os fumadores. Sim, esses mesmos que, tal como eu, contribuem para engordar os cofres do Estado com o imposto indirecto que pagamos. Precisamente, aquele que vai contribuir para se construir uma das maiores fontes de poluição numa cidade ou arredores, um AEROPORTO. Não sou a favor dos poluentes com os quais contribuo enquanto fumador. Longe disso! O que não engulo é a incongruência de se proibir o "fumo" num dos locais que mais contribuem para a desregulação atmosférica. O que não consigo deglutir são todos os que são favoráveis a um ambiente mais puro e não prescindem da sua viatura poluente nas deslocações para o seu local de trabalho. O que me provoca azia são os mentores da perseguição anti-tabágica que proibiram o "fumo" em centros comerciais, mas que estacionam nos respectivos parques subterrâneos onde a atmosfera é constituída, na sua maioria, por monóxido de carbono proveniente do conforto que representam os seus "bólides". E ainda levam os filhinhos a respirar tal pureza antes de uma incursão ao McDonald's. Viva a saúde em duplicado! Que os assassinos são, EXCLUSIVAMENTE, os mentecaptos fumadores! Não será grande motivo de orgulho, mas rendo aqui uma homenagem nostálgica às armas do crime que cometo há alguns anos...

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