Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Será isto o resultado de alguma aberração cromossómica?
O “Portugal Farm” de hoje não é um exclusivo dos tempos modernos. Longe disso, muito longe disso… Começo a suspeitar que haverá, algures, um conluio cósmico, que terá tido o seu início quando fomos bombardeados há 65 milhões de anos, reinando Sua Majestade D. T-Rex. Bem investigada a cratera de Yucatán, ainda se descobre algum resíduo que explicará porque terá razão uma das minhas “discórdias de estimação”, um “tal” de Nietzsche, quando afirmou que encontrou sede de poder, sempre que encontrou seres vivos. Tivesse ele encontrado “tugas” e acentuaria ainda mais a coisa… Os “tugas”, não numa forma depreciativa, já que neles me incluo com todo o orgulho, resultam da epopeia de um punhado de heróis que os manuais escolares e séries televisivas tratam de nos impingir como um conjunto de desenfreados seres com sede de independência, que fizeram apelo à sua faceta guerreira e ao seu espírito conquistador para correr à espada galegos, leoneses, castelhanos e mouros. E, terminadas as “turras” em território peninsular, haveria que encontrar noutros continentes uso para o gume… Tudo resulta bem quando acaba bem e ninguém mandou à D. Teresa envolver-se com quem não devia. Dessa forma não teríamos a traulitada de S. Mamede… De igual forma, ninguém disse aos mouros para se aproveitarem das dissenções entre os visigodos. Não teriam apanhado nenhuma lição em Ourique… E tivesse D. Fernando apontado para outro lado e não haveria necessidade de um bastardo andar em correrias por Aljubarrota… Bem, aqui outro galo canta, porque teríamos perdido um herói macedense… Todavia, esta exaltação ao ego nacional, bem ao jeito do espírito vigente num tempo a que hoje chamam “da velha senhora” (não a “outra senhora” que as hostes rosadas afirmam ainda por cá andar, mas aquela onde vigorava, efectivamente, o “orgulhosamente sós”), pareceu-me, desde muito novo, como desprovida de toda a verdade… Mesmo que se tenham metido desastres de Badajoz pelo meio, para dourar a pílula… E se tenha antecipado o espírito da nacionalidade ao caudilho Viriato, desafiado no seu espírito belicoso por umas tréguas traiçoeiras. Já nessa altura a palavra lealdade tinha umas deturpações no dicionário lusitano, acrescentando-se-lhe, como possível significado, “traição dos melhores amigos por uns trocos romanos”… Quando olho para os “Afonso Henriques” dos tempos modernos, não fico espantado. E chego sempre à mesma conclusão: é genético, só pode ser genético! É só andarmos por cá daqui por uns mil anitos e recorrer à forma como serão cantadas as conquistas de Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates (só para citar os três últimos PM) e demais políticos dos séc. XX-XXI… Não será preciso tanto… Afinal, só ainda passaram 35 anos sobre uma determinada data e já toda a gente se esqueceu das atrocidades levadas a cabo para reconquistar a “independência”… Mas, recuando, de novo, no tempo… E regressando ao vocábulo lealdade… O que dizer da fratricida luta entre o secundogénito Bolonhês com o primogénito Capelo? Ou do Lavrador com as suas “manas” e com o seu próprio filho, o Bravo? Carga que já lhe viria do trisavô quando andou em refrega com a tetravó?… Conclusão: poder, apenas poder! Onde reside a diferença com os actuais “reinantes”? Nos utensílios… Já ninguém anda de espada em riste. Substituiu-se a dita pelo gume das estatísticas. E, em vez de um cavalo só, alimentado a feno, andam os ditos “reinantes” em vários cavalos de uma vez só, apaparicados a combustível fóssil. Já não há fossados, nem anúduvas, nem eirádigos… Mas há IRC, IRS, IMI… Bem… E também não é tão descarada a protecção aos da mesma igualha, já não há honras nem coutos e tão pouco se assiste à simbiose entre a aristocracia e o clero. Mas há “tachismo”, “corrupção”, “favores políticos”… O que, mais excomunhão, menos repúdio, vai dar ao mesmo. Tal como ao mesmo vai dar o isolamento do distrito bragançano… Já não há Braganções, ou descendentes seus a exercer funções na corte. Mas haverá, a partir de agora, três deputados a defenderem, mais que provavelmente, a terceira auto-estrada entre Lisboa e Porto, o TGV e a OTA… Donde virá esta forma de estar em que o inimigo político de hoje será o parceiro de coligação de amanhã? Subsistirá algum gene fugitivo, fruto de alguma deleção ou inversão? Será o célebre “gene luso”? Não queria ir tão ironicamente longe, mas seremos nós o elo perdido para o polémico Sahelanthropus? De certeza que deveremos ter FOXP2 a mais… Coloco sérias dúvidas sobre se seremos detentores da quantidade correcta de ASPM e MYH16... Para lá das dúvidas, e passe o pleonasmo, não há dúvida que não somos os melhores, mas também não somos os piores… Somos, apenas, orgulhosamente diferentes… Digo eu…
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