Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Atoardas subreptícias em forma de verrinadas

“Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos. Mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega as suas bandeiras abertamente…” Cícero (106 a.C.-43 a.C.) – Filósofo e orador romano A liberdade de expressão é um direito da democracia. Sob este conceito, libertámo-nos do constrangimento do aparelho repressivo representado pelo célebre “lápis azul” da censura. Ao abrigo da pluralidade de ideias resultante desta conquista, procuro inteirar-me das distintas correntes de opinião que povoam os meios de comunicação, particularmente, os escritos. E, dentro deste universo, não deixo de dedicar uma especial atenção à imprensa regional transmontana, dispensando, obviamente, a maior fatia do meu tempo à leitura de temas que digam mais directamente respeito ao concelho de Macedo. Nem sempre estou de acordo com algumas posições assumidas (e anormal seria caso assim fosse…), mas não deixo de as absorver, respeitando a máxima de estar de acordo no desacordo. Contudo, à semelhança do que já por aqui manifestei em Abril com um post com umas “escarradelas” no título, sou forçado a ingerir uns anti-histamínicos mentais na presença de umas “Bocas Verrinos(s)as” com que o “Semanário Transmontano” nos presenteia, debaixo do capote de um anonimato armadilhado. Respeito as ideias expressas pelo anónimo verrineiro, ainda que as mesmas careçam da ausência de atentados à Língua Portuguesa… Mas, o que mais me provoca um excesso na minha resposta imunológica é que sou mesmo alérgico a um tipo de agente patogénico englobado no cada vez mais alargado grupo dos que “cospem no prato em que comem”. Utilizar um periódico flaviense para, em constância, dar traulitada sem nexo no executivo camarário da cidade onde se vive é pura demagogia e um atentado aos mais básicos valores emanados da democracia. Transformar essa faculdade em arma de arremesso na forma de instrumento político, baixando o nível à mesquinhez patética, denota uma completa ausência de sentido de maturidade política. Criticar por criticar é habilidade de todos. Criticar construtivamente só está ao alcance de alguns. Só por isso aceito passivamente o abuso representado pelo recurso a um dos maiores oradores clássicos e às suas Verrinas, para servirem de nomenclatura a um artigo jornalístico. Cícero andará às voltas no túmulo, tal a forma como se deve sentir injuriado pelo discípulo que deixou… Discípulo que jamais poderá proferir as palavras do mestre: “moriar in patria saepe servata” (morra eu na pátria que tantas vezes salvei)… Talvez, antes de verrinar, devesse deter-se na oratória do mestre das Verrinas, começando pelo discurso que encabeça esta opinião… Porque, pelo que vou lendo, mais que denegrir a autarquia, os ditos artigos deixam o nome de Macedo e dos Macedenses cravejados de mácula… Ao fazê-lo, está a pintar, a cores que eu não aprecio, a minha terra (aquela onde é dito que as pessoas cospem para o chão)… Quem não se sente, não é filho de boa gente…

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