Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Inconformismos

Entrámos em mais uma maratona de discursos e comícios, festas e festinhas, jantares e jantaradas. Assessorada pelo colorido das arruadas, concertos, cartazes, panfletos e demais imagens em forma de autocolantes, bandeiras e outros “souvenirs”. Assistir-se-á ao déjà vu de desfiles, dos grandes com assento parlamentar (PS, PSD, BE, CDU, CDS), juntando-se-lhes os históricos (PCTP, POUS, PPM), os já conhecidos “dissidentes” (MPT+PH, MEP, MMS, PNR, PND) e os novíssimos (PTP-Partido Trabalhista Português e PPV-Partido Pró Vida). Esta corrida a 15, à cruz no boletim de voto terá o seu epílogo numa incerta nomeação de um primeiro-ministro que sairá, seguramente, do habitual “bloco central”. Os números provenientes das sondagens deixam no ar a possibilidade de se poder assistir a algo inusitado: o partido com mais votos poderá não ser o mais representado na Assembleia da República. Cousas de um método de eleição baseado em círculos eleitorais, onde os grandes saem sobrerrepresentados e os pequenos sub-representados, deixando aberta a injustiça da inexistência de equidade. No dia 27 lá estaremos (exceptuando os do PA-Partido Abstencionista), cada um a exercer o direito de defesa da sua dama. Sai-nos cara a defesa… Há crise? De certeza? Corrói-me a alma assistir ao custo que tem o arraial associado à maratona… PS => 5,54 milhões de euros (para as Legislativas de 2005=> 4,8 milhões de euros), dos quais 3,13 financiados pelas contas públicas… PSD => 3,34 ( 7,3 em 2005), dos quais 2,85 do erário público… CDU => 1,95 (0,862 em 2005) e 1 milhão do orçamento público… BE => 0,99 (0,73 em 2005)… CDS => 0,85 (6,7 em 2005!!!)… E para as Autárquicas, a coisa agrava-se até ao insulto à pobreza: PS => 30,5 milhões de euros; PSD => 21,9 ; CDU => 10,27 ; BE => 1,99 ; CDS => 1,9… Faz-se o desconto dos trocos orçamentais para o pelotão dos pequenos partidos e… Quase 70 milhões de euros!!! 70 milhões de euros??? Junte-se-lhes as moeditas despendidas na campanha para as Europeias e chegamos à módica quantia de cerca de 90 milhões de euros… Irra!!! Como andamos todos a dormir… E nem uns trocos há para o afamado helicóptero do INEM que nunca mais vem por falta de verbas… Distrito de Bragança, Distrito de Bragança, que emudecido andas, adoçado por uma auto-estrada e por inaugurações de novos serviços hospitalares! E por cabeças-de-lista que são professores no Porto ou vereadores em Almeirim! Um deles entende que “o dever de um deputado é, acima de tudo, perante o país e não uma região em particular”. É? Então porque não acabam de vez com os círculos eleitorais? Ainda bem que voto na terra adoptiva… Mas sinto-me inconformado, de qualquer forma… “Em Portugal, os deputados da Assembleia da República da Nação, vão discutir legislação nacional e não legislação regional, mas são eleitos por um distrito. Devem ter uma sensibilidade com os problemas desse distrito”… Como podem ter sensibilidade se lá não nasceram e, provavelmente, por lá não passaram vez alguma? Bem… Quer dizer… Já nem sei… Os senhores deputados, filhos da terra, que nos representaram nesta última legislatura exerceram alguma influência para a melhoria das condições de vida do esquecido Nordeste? Ou seguiram a ideia do Sr. Ministro do Ambiente a propósito da barragem do Tua, quando afirmou a “relevância do projecto ao contribuir para o reforço da produção hidroeléctrica nacional”? O que ganha o depauperado Nordeste com isso? Regressa, Mendo Alão! Ressuscita, Nuno Martins de Chacim! Reincarna, Afonso Mendes de Bornes!...

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