Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







terça-feira, 10 de novembro de 2009

Legalidades

Quando a velhinha N15 entrava na sua agonia de substituição de tráfego pelo IP4, suspirei... De alívio e de nostalgia... Ainda a novidade do novo traçado se encontrava à espera da respectiva inauguração e decidi passar as barreiras legais, cometendo a proeza de circular por onde a ausência do cortar de fitas ainda não permitia. Nesse dia, prometi a mim mesmo que um dia haveria de me despedir decentemente das "Curvas de Murça". Entretanto, a adrenalina foi-se dissipando e a paciência foi-se esvaindo ao sabor do conforto. E nunca mais chegou o dia da despedida... Mas o conforto foi sendo tomado de assalto pelas insuficiências do IP4 e pelo desafio em que se transformou, numa negra e sangrenta pintura de "roleta russa". Até que um dia alguém teve vergonha na cara e decidiu avançar para a reposição de uma elementar justiça (mesmo que os transmontanos residentes sejam cada vez menos). A A4 vinha a caminho, rodeada de duas cerejas: o nascimento do IC5 e a transformação do IP2. Como parecia "fruta" a mais, o Tribunal de Contas decidiu recusar o visto prévio aos contratos das concessões rodoviárias. Legalidades... Ou uma ilegalidade mais cometida sobre "aqueles gajos de lá de cima que nos recebem com posta á mirandesa e bandas de música quando lá vamos em período eleitoral"... Manobras de diversão de legalidades à parte, não há nada que reponha uma vida. Recentemente tinha feito menção, em conversa familiar, às ausências de punição para os gangs que vão proliferando neste país que, dizem, conquistou a liberdade. A maior conquista foi, contudo, a da insegurança... Isto a propósito do João Melo. Já se esfumaram oito anos... E, finalmente, contrariando o meu pessimismo, houve condenação para quem perpretou um hediondo crime, alvejando um jovem que se limitava a cumprir o seu dever. 25 anos não é pena máxima, é pena mínima. Porque não vão ser 25 anos... E porque os anos que vão ser sê-lo-ão, também, à custa da família do João, a qual, com os seus impostos, contribuirá para sustentar quem lhes ceifou um filho. Infelizmente, nada há que o traga de volta. Contudo, discordo da completa privação de liberdade, assim como discordo, na grande maioria dos casos, da aplicação da pena de morte. Não seria muito mais profícuo para a sociedade impor a quem, sabe-se lá se por motivos genéticos, culturais, educacionais ou sociais, se colocou à margem, um regime de trabalho compulsivo, em jeito de compensação a essa mesma sociedade, através de um qualquer serviço comunitário? Não há matas para limpar? Não há estradas para asfaltar? Porque temos que pagar em triplicado?

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