Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







segunda-feira, 13 de abril de 2009

Resquícios Pascais

Caso fosse possível activar uma qualquer espécie de máquina do tempo e facultar o regresso de algumas egrégias figuras do concelho, estou certo que desejariam regressar rapidamente ao mundo do além. É confrangedor assistir à delapidação do pouco património que a "vila" (ainda) possui. Desconheço (será que desconheço?...) os reais motivos por detrás de mais um homicídio arquitectónico. No seio da minha ingenuidade reside a secreta esperança de ver nascer, no local onde desapareceu mais uma jóia, algo que não se assemelhe a mais um edifício "fosforeira portuguesa". Como já por aqui disse, em Macedo só consigo ver prédios em formato caixa de fósforos (com a excepção da aberração cheia de "berlicoques" que marca a praça central) ou casas em estilo "Banrezes", tal a degradação que apresentam. Salvam-se desta catástrofe alguns exemplares onde imperou o bom senso da inovação com preservação (refiro-me, a título exemplificativo, ao edifício onde mora o "Bibau"). Para quem tenha dúvidas acerca deste meu devaneio, deixo um exemplar do que era a Rua Alexandre Herculano no centenário da morte de quem lhe deu nome, acompanhada de um outro da mesma artéria na proximidade da celebração do bicentenário do seu nascimento. A primeira fotografia foi captada na minha "vila" de Macedo de Cavaleiros; a segunda foi tirada numa povoação elevada à categoria de cidade e que, pelos vistos, tomou designação semelhante. Esta última palavra conduziu-me ao dificílimo exercício de detectar semelhanças. Consegui verificar que o monte sobranceiro à Bela Vista (ainda) é o mesmo! Já no que respeita às diferenças, só consigo descortinar que, na via de circulação, os dois exemplares caninos foram substituídos por outros espécimes de quatro patas, vulgo rodas (esta segunda parte é só para agradar aos apologistas do progresso a qualquer custo). Quanto às pessoas, na segunda "strugafia" devem ter-se escondido, talvez pela vulgarização do invento de Eastman... Mas o que é que isto tem a ver com a Páscoa? Pouco... Mas estive em Macedo neste fim-de-semana prolongado e fui acometido por uma dor de alma quando os semáforos da Avenida da Estação (que agora é do Dom Nuno) me detiveram e deparei com mais um "delete" na parca história macedense...

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