Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sexta-feira, 11 de abril de 2008

Linha do Tua II - Cousas de Escárnio e Maldizer


Após uma breve interrupção para cometer um "crime" (idêntico ao que cometia nos degraus das "napolitanas")... E regressando à História...
Caso os notáveis Abílio Beça e Clemente Menéres regressassem ao mundo dos vivos, certamente que dariam umas traulitadas a todos aqueles que hoje se encarregam de, ainda que de forma indirecta, denegrir o esforço e a persistência que colocaram na empreitada de ver o Nordeste Transmontano servido por transporte ferroviário. E muitas voltas no túmulo devem dar caso, no "Mundo Desconhecido do Além", chegarem as novas de que o distrito de Bragança é o único representante no restritíssimo grupo dos que não possuem um quilómetro que seja de auto-estrada e que, para além disso, pretendem transformá-lo no único sem ferrovia... Até El-Rei D.Luís se deve estar a questionar do porquê da jornada empreendida a 29 de Setembro de 1887 para a inauguração oficial da Linha que hoje querem submergir. Intrépido deve estar El-Rei D.Manuel I por ser conhecedor de que a próxima travessia do Tejo não envolve a demolição dos Jerónimos...
Na última semana, ao consultar a imprensa regional, deparo-me, no Semanário Transmontano com a notícia de que o "ABANDONO DO LARGO DA ESTAÇÃO CHOCA POPULAÇÃO".Segundo o desenvolvimento da notícia, da autoria de João Branco, "O largo da estação, lugar bastante movimentado enquanto a linha férrea esteve activa, é hoje um espaço votado ao abandono. E descaracterizado. Postes de luz estendidos no chão, encostados à parede da estação, uma roulotte e algumas carrinhas, onde mora gente, são a imagem que vê quem, vindo de Mogadouro, decida entrar Macedo por este local." Não me surpreende tal facto.
Acedendo a "vagabundeando.blogs.sapo.pt", pode facilmente apreciar-se o que se passa no troço desactivado entre Carvalhais e Bragança. E, no que particularmente diz respeito à minha cidade (ainda me custa pronunciar tal vocábulo, porque persisto em preferir Macedo de Cavaleiros como uma vila jovem e donzela), muito me custa ler os relatos das aventuras e desventuras de uns jovens (salvo erro, de S.João da Madeira) acerca da sua alucinante incursão pedestre pelo trilho abandonado. No mínimo, provoca dores de alma... Nas vezes que circulo na avenida paralela à D. Nuno Álvares Pereira, "deleito-me" por conduzir num piso que me faz lembrar a antiga N 15. E fico chocado por assistir ao abandono e degradação de um local que deveria ser um marco na História Macedense. Porque não, por uma vez, seguir o exemplo da capital de distrito e reabilitar esta zona?...

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