Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







segunda-feira, 4 de maio de 2009

Escritos, artes plásticas, canções e abandonos

Já por aqui fui fazendo menção a algumas figuras que marcaram, com maior ou menor grau, a história da "vila". É com agrado que vou verificando que Macedo não se resume à Estalagem (infelizmente de portas fechadas), ao Rali TT, à Feira de S. Pedro ou ao Azibo. Ainda que representada, nalguns casos, por "emigrantes", a cultura macedense, mesmo que pareça moribunda, vai persistindo, afinal, em dar mostras de sinais de vida. Seja através de Manuel Cardoso e da sua magnífica veia literária, de Pedro Pires e das fantásticas coreografias dos seus bailados ou de Paulo Renato Vieira e das cores quentes com que preenche os seus quadros. Ou ainda, para imensa surpresa minha, da menina Ana Rita Prada e da sua espantosa voz que faz arrepiar até os mais críticos (como eu) da proliferação de programas de descoberta de novos talentos musicais. Vão sendo exemplos destes que aguçam, ainda mais, o meu genuíno sentir transmontano e, de forma mais particular, macedense. Representam uma forma de equilibrar a tristeza que por vezes me assola nas minhas deslocações a Macedo. Tristeza essa que provém da morte lenta que vai descaracterizando a minha "vila". Por isso vou fugindo, sempre que posso, à redescoberta de locais únicos que me transmitam a rusticidade e a singularidade transmontanas. Banrezes é um deles. Assiste-se ao renovar da "crónica de uma morte anunciada", renovando-se, em simultâneo, o prazer de ser presenteado por um pouco de paz bucólica...

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