Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







segunda-feira, 4 de maio de 2009

Outros sons



Há uns anos, quando, no estrangeiro, se mencionava Portugal, era rara a vez em que o vocábulo não fosse associado a Eusébio e Amália. Os novos tempos trouxeram a associação a "Figou", "Runaudou", "Madré'deos" ou "Me'riza". Sendo transmontano, não deixo de ser um estrangeiro no meu próprio país. No tempo em que Macedo de Cavaleiros ainda não tinha lugar cativo no mapa, as tentativas da sua localização, na região mais meridional, resumiam-se a um ignorante "Ai que nome engraçado! Isso é lá pra cima, não é? Fica perto de Freixo de Espada à Cinta? Ah! Ah! Ah!". Como não havia uma Amália transmontana, a referência artística mais à mão, pelo êxito conseguido, resumia-se a Roberto Leal. O evoluir dos anos não foi capaz de trazer um substituto à altura do autor do "bate o pé, bate o pé". Pensei que estava condenado a ter que suportar os "bitaites" com referências pouco dignas ao cancioneiro macedense, através das incursões de um "deixei tudo por ela, deixei, deixei" com voz de cana rachada ou da efémera busca de fama pela mediatização trazida pela exposição num programa do género "invadam a minha privacidade que eu gosto"... Até que, num dos habituais "zappings" domingueiros, ao passar por um canal que pouco me seduz e quando já estava com a TV sintonizada no "5", fiz um retrocesso ao dito canal porque me pareceu ter visto uma imagem familiar. Tinha razão! Era um Careto! O que estaria ali a fazer uma das imagens de marca do meu concelho? E acompanhado dos Pauliteiros de Salselas! Se aquilo era um programa musical, com catraios a cantarolar, deveria estar por lá um conterrâneo meu a participar. A curiosidade manteve-me com o olhar fixo e atento ao que se passava no programa. O resultado, reconheço, foi fantástico... Como afirmou um dos membros do juri: "Isto é talento!"
Ana Rita Prada... Não te conheço, mas deixo-te aqui um profundo agradecimento pelo orgulho que me deixaste por, finalmente, poder afirmar que a minha terra tem capacidade para produzir mais que boas alheiras, bom pão, bom queijo e boa gente. Também consegue "botar ó mundo" vozes fantásticas!

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