Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







domingo, 17 de maio de 2009

Espírito, imagens e canonizações

"Nim d'aprupósito!" Ainda recentemente lavrava por aqui alguns lamentos acerca da ausência de um museu na "vila" (sim, na "VILA", porque os museus de Salselas e o Arqueológico são mais para os lados do Azibo) e já me chegam novas sobre a inauguração de um. Reflectindo um pouco sobre a coincidência, estou a pensar promover mais lamentos... Contudo, pensando bem, isto não passará mesmo da esfera das coincidências... Já por aqui fui praguejando acerca de algumas lacunas, promessas adiadas e perdas de regalias e não consegui mais que gastar o meu latim ou, em última instância, o teclado ou o tempo de quem tem paciência para ler. Como ainda não foi dado à existência um Museu dos Lamentos, louvem-se as iniciativas que contribuem para o nascimento de outros muito mais interessantes, sob qualquer ponto de vista. Indiscutível... E louve-se, de igual forma, o envolvimento da autarquia na dinâmica de crescimento nos eventos de âmbito cultural, arqueológico e histórico no concelho, particularmente as vereações responsáveis pela cultura e pelo turismo, nas pessoas de Sílvia Garcia e Manuel Cardoso, respectivamente (Atenção às más-línguas! Não tenho qualquer pretensão na atribuição de uma medalha de mérito, nem pretendo "tachar" à custa deste merecido elogio, a não ser, obviamente, que arranjem qualquer coisita...). Seria de uma enorme injustiça não deixar uma referência elogiosa à Associação Terras Quentes e ao laborioso trabalho em prol da valorização do património concelhio. Feitas as menções honrosas e salvaguardados os potenciais benefícios a obter futuramente com esta espécie de "graxite" (pode ser que alguém repare...), satisfaz-me, de sobremaneira, a forma como está a ser preservado o património religioso do concelho. Não se fica só a ganhar um museu (que visitarei na primeira oportunidade), ganha-se, acima de tudo, um lugar especial onde transmitir às gerações vindouras a riqueza de uma jovem donzela no quadro histórico do país concelhio. E porque de arte sacra se trata, as transmissões neuronais conduzem-me a uma associação ao sagrado e lembrei-me da canonização do D.Nuno. Através desta repentina mudança de rumo no pensamento, dei por mim a girar em torno da importância dessa figura ímpar na "parca" história macedense. O agora santo (já me tinha habituado a que o fosse, por meio da nomenclatura de Santo Condestável...) circulou por terras macedenses e teve direito a uma merecida homenagem por ocasião da sua santificação pela Igreja Católica. De qualquer forma, não me parece lógico que ainda não tenha lugar na toponímia macedense ou no baptismo de algum edifício o nome da incontornável figura do seu amigo Martim. Afinal, não foi ele que "amaçou" o Sandoval? E não foi à custa de lhe "abrir a cabeça ó berde" ao castelhano que o Mestre pôde passar a Rei? Atrevo-me a deixar aqui a sugestão de rebaptizar o "Jardim", transformando-o num pomposo Jardim Martim Gonçalves de Macedo. Seria um justo tributo. Mas, a tal não ser possível, sempre haverá a hipótese de renomear o Campo do Pereiro... Ou uma qualquer artéria secundária numa qualquer futura urbanização... Afinal, D. João I também tem o seu nome gravado numa praça escondida algures lá para os lados do "Prad'cabaleiros"...

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