Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







terça-feira, 15 de setembro de 2020

Os melros da Comissão Científica do "P'louro da Coltura"


De confissões o prólogo, "arrepia-se-m'aspinha" sempre que olho para uma publicação e "bêjo a nha terra" enaltecida. De frustrações tamanhas, cansado estou dos mediáticos da social comunicação a perguntarem-me se "Macedo se afudou no Azibo"... Fico "um cibo spritado" com as interrogações, apenas porque "le boto miúda proa na terra parideira"...  

Mas de irreprimíveis arrepios se me preenche a alma, se alma tenho, na crença do infinito se alimenta, "q'ó corpo, mou filho, já deve estar racontra...cosido co butelo, co'as casulas, co'as tchouriças" e demais acepipes de uma terra única. E "que mim gozto d'um cibinho de centêo, untado c'um tantinho d'azeite, e uas alcaparras temp'radinhas, c'um dasquéis caldos de balulas mastragadas co'a hórtaliça... e ua seladinha de beldroegas ou d'azedas"... Do pecado mortal se alimentam também as entranhas... "Abonda daí o farragatcho pra tchigar as brasas ó pote"...

"E ós melros"... Não os da ornitologia, mas os do ditado, no cada tiro seu... Também poderíamos chamar os pardais, mas acabou-se o milho, e o primeiro já não podemos chamar à liça... Mas chega de "trocadalhos", do "carilho" os dizem, nas quase insondáveis atoardas da promoção "coltoral". Sejamos objectivos, na objetividade insofismável de um pseudo-careto, paixões tantas pela genuinidade, que a virgindade da essência foi perdida em tempo único, no inesquecível uso de fato colorido e máscara diabólica emprestados, juventude ida de pulos e algazarras tantas, "no mêo dos mous de Podence". 

E bem ali ao lado, segundo veiculado pela Vaga Mundos, "aproveite para conhecer a Fraga da Pegada, um geossítio com gravuras e incrustações que datam da Idade do Ferro e da Idade Média"... Elevações ao blogue de viagens, de peixe vendido como vendido lhe foi, poupanças à aleivosia da Comissão Científica queria, mas a gestão da Chanceler da "Coltura" permissão não me dá... "Atão a Cumissão num besit'ós sítios nim oube os que déis sabim?". E "bota lá maiz'uas mangações ó pobo"! Antes de tentarem (sim, tentarem) promover o território não fazem os TPC? Ou deturpam a abreviatura estudantil, metamorfoseando-a num "ide TPC, Todos Pró C..., que sois uma cambada de ignorantes perante a nossa excelsa Comissão Científica"! Ilustríssima Senhora Chanceler da "Coltura", os seus apaniguados não lhe transmitiram a datação cronológica das gravações da Fraga da Pegada? Há um tempo antes da dita Idade do Ferro... Instância última, caso não creia no constante no "Podence & Santa Combinha - Universo de Caretos, Terras de Abades", à bibliografia disponível recorrer poderá, de licenciados em Arqueologia está repleta... 

Quase ao lado, mortífera peste ao legado, "A Praia da Ribeira, vencedora das 7 Maravilhas Praias de Portugal, tem relvado, parque infantil e campos de jogos onde até há lugar para campeonatos de voleibol de praia". Há? Existencial dúvida da ignorância...

A página virando, de saltos quilométricos a jornada, Chacim como próxima paragem... "Não deixe também de visitar a Igreja Matriz (Igreja de São Sebastião e Santa Eufémia), a Capela do Desterro, o Pelourinho e de atravessar o riacho pelas pontes medievais do Bairrinho e da Paradinha."... "Bô, ora c'uma deztas"!!! Voltaram à Wikipédia? A sua Comissão Científica não sabe que a igreja é dedicada à mártir Santa Comba? E, descendo um "cibinho", de facto atravessa-se o riacho pela ponte do Bairrinho. E, num saltinho de "quilometrozecos", nada de transcendente para quem conhece o território via Google Maps, a ponte da Paradinha atravessa o "riacho" do Azibo."Bá, é só um tantinho dezbiado e fica na mesma freguesia"...

Depois atravessamos a serra e há um percurso que "tem início e fim na aldeia de Vilar do Monte, passa pelo Convento Jesuíta"... Confirma-se, de facto, que os Jesuítas por estas bandas andaram. Bastaria terem lido os volumes correspondentes a Castelãos & Vilar do Monte, Cortiços e Grijó, de recurso à Comissão Científica teria poupado as gastas teclas do meu computador de não licenciado em História... "Bá, prontos"... Tivemos conventos, "sim, s'nhora", em Sesulfe e Fornos de Ledra. E em Chacim, onde se mantém no activo. "Ó depeis, que mai fai, maiz'um menoz'um"? Se a seguir a uma quinta, pode vir uma Sexta, porque não pode a excelsa Comissão, detentora de não menos excelsa sabedoria sobre o território, "botar" mais um convento? Para exaltar o meu reduzido "knowledge", até podem inventar a Companhia de Jesus feminina...

E "prontos", a seguir regressamos à sede de concelho. Onde nos é sugerido: "Visite a Igreja Matriz de São Pedro (a antiga)"... Da próxima vez que me deslocar à terra parideira, seguindo as irrefutáveis sugestões da "Coltura", qual  Indiana Jones de modernos tempos, percorrerei as artérias da "nha bila", armado em Salteador da Nova Igreja Matriz de São Pedro Perdida... 

E gratidão à VagaMundos pela promoção à minha terra parideira. Caso eu fosse a Abrantes, também venderia o peixe do Tejo como mo vendessem...

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