Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A Sacra Arte da "Coltura"


Exma. Senhora Chanceler da Coltura de Macedo de Cavaleiros, 

Provavelmente a sua Comissão Científica nunca lhe terá falado em Emília Viotti da Costa. Fique descansada, de legados tantos, na sacra arte influente não foi, nem de vandalismos culturais profanará a culta vontade recheada a colectivas mostras num Museu que parido foi para enaltecer as virtudes do meu concelho. Meu, como de tantos, que seu não é, nem na aparência de adoptiva terra que respeitar não sabe. Desculpe a arrogância de um humilde servo que vergar o costado não faz, que a Duquesa de Abrantes, napoleónicos tempos de Junot, nestas terras xísticas influência não teve. 

Mas regressemos à Emília, Professora Doutora Emília, se favor faz, na eloquência de célebre tirada na qual afirmava que "Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado". Pública e encarecidamente lhe peço: "Não foda a história e a cultura do meu concelho e do meu povo". Porque, tentar foder-me a mim, numa reunião amavelmente solicitada pelo Senhor Presidente, ainda vá que não vá. Tentar aplicar a já tão propalada arrogância narcísica, dos seus pares a confidência, com um humilde servo Macedense, na trajectória errada ao servo, de eloquente repetição, ainda vá que não vá. Mas, como diria Shakesperare um "foda-se"? Talvez um "Fuck you, Macbeth"? Ou em variante exclusiva, "Go and fuck yourself, Hamlet"?... "Peis, ma num tibu nium tio tchamado Cláudio"...

Porque não cumpre as suas exímias e intocáveis ameaças alicerçadas no seu correlegionário e mentor, deixando órfãos aqueles que, das pedras paridos, ainda me deixam o benefício da dúvida em relação ao bem que querem à sua terra (deles que não sua, de confusões pronominais não vá o diabo tecê-las... Diabo? Ups...).

Instância última, de respeito público assumido, ainda aceito que contratem candidatos estrelados, de eficiência inquestionável na preservação do público património. Menos quando vejo o «rex inutilis» como povoador... Ou outros desvios redundantes dirigidos a "ignóbeis" da História como eu. Coisa típica, o meu ex-colega Tchico também tinha esses desvarios, resquícios do antagonismo, por isso gostava da coerência do meu Amigo irmão do dos submarinos, e da Marisa, grande Mulher essa, de ostracismos não obliterava os abraços, na presença das divergências os ditos. Mas isso é respeito, "respect", em britânicas licenciaturas... 

E já me desviei do Museu de Arte Sacra.... "Rais'parta"... Conheceu o Eng. Luís Vaz? O visionário da Casa Falcão? Esse mesmo, MEU Presidente, como o Comendador, o Beraldino, o Duarte, o Benjamim. Conheceu o Manuel Cardoso e o Carlos Mendes? Oh, insanidade minha, como não haveria de conhecer? Então não está em pleno processo de revisão de inteligências? Sei, Senhora Doutora de Inglês (como se diz "Macedo não presta, no douto idioma britânico"? Ai os "pupils" que dão com a língua nos dentes...), que preparada está para adulterar a realidade histórica e cultural da MINHA terra (acaso já me viu a tentar deturpar a história ribatejana?). Sei que, na reunião que tivemos a pedido do Senhor Presidente, inverteu todo o processo que o irá prejudicar... Mas, afinal, não está já fora da próxima lista candidata à MINHA Câmara Municipal? Porque não investe o seu douto conhecimento na SUA terra e leva as doutas exposições colectivas para a Beira-Tejo? 

O Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros (essa mesma terra, "abominável terra", em relação à qual afirmou, perante alunos, que a melhor coisa que tinha era a placa de saída) nasceu para exaltar a riquíssima arte sacra do concelho. Nasceu para proporcionar às suas gentes um conhecimento sobre a insofismável riqueza do seu património religioso. Não questionando o gosto (ou a falta dele), peço-lhe o favor de não adulterar os valores da MINHA terra, do MEU concelho. E, não querendo ser abusivo, porque não segue o seu próprio conselho, seguindo pela placa de saída? Da forma como a sua Comissão Científica confunde Comunhas com Edroso, a ribeira de Chacim com o rio Azibo, deixo-lhe a alternativa de seguir pela indicação que menciona a A4 ou, em alternativa, também poderá seguir pelo IP2. Desde que vá adulterar a "Coltura" para regiões mais meridionais, onde o seu braço "esquerdalho-salazarista" terá, estou seguro, um melhor acolhimento, indiferente me é o percurso. 

Um último pedido: deixe os homens trabalhar (nada de instintos machistas, surge a advertência apenas porque os seus parceiros de "coligação" são de masculino sexo... E, responsavelmente, abre a porta à Sónia, prova provada de que o comentário nada tinha de componente reprovável). Pode ser que as birras narcísicas terminem e a "coltura" passe a ser vista com Cultura.

Com os melhores cumprimentos MACEDENSES, na expectativa de que "inda" deixe o Benjamim e o Rui (e a Sónia) fazerem "algua cousita pur a nha terra parideira, q'ela bem no merece". E "ó depeis, o pobo lá botará as cruzes nuas liztas adonde o sou nome já stará albidado"...  

Yours sincerely

The abominable man from behind the hills

    

  

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