Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sexta-feira, 11 de setembro de 2020

O conhecimento wikipédico do Pelouro da "Coltura"


Ou deixa ver se consigo traduzir isto para «de wikipedique quenouledege ofe de area ofe "colture"» (ofe mai taune, ofe corse). Macarrónicas elipses de superfícies não cónicas, numa vertente plana de eixos... Ops... Já estou a divagar por áreas que assumi não serem as minhas e, disparate por disparate, o melhor é ficar pela disparatada corrupção iletrada de um idioma universal. Dúvidas tantas, de corrupios a vontade, que melhor é não adensar muito a escrita, de acusações derivadas, não vão ressuscitar o meu serralheiro favorito, de nobel condecoração, e acusá-lo de não ser licenciado na materna língua camoniana. Descansa, José, que a jangada de pedra aportou ao território de Guerra Junqueiro, Trindade Coelho e, mais recentemente, Rentes de Carvalho. E sofreu um inusitado desvio, deixando o inevitável Torga do outro lado, fixando-se em terras de Sancirilo, queria dizer, A. M. Pires Cabral. A propósito, todos deveriam ler Sancirilo. Qual 1984, qual Admirável Mundo Novo, qual Triunfo dos Porcos (ainda que lhe tenham adulterado a tradução original)? O bem nosso Pires Cabral, qual Nostradamus dos tempos modernos, colocou a pena em forma de profecia... Mas, paciência aos santos, também não sou letrado em Literatura... De meter a foice em seara alheia, ainda me arrisco a nova comissão examinadora... Mas adiante, que vai a cenoura atrás do burro, ou o inverso, que "mai fai"...

Descansem que, desta vez, não vou "racontracoisar" nada, e como gosto do neologismo "coisar", que de tanto vazio, tanta utilidade tem. Mas adiante, dizia eu, não vá o abade mor ameaçar-me de excomunhão, regressemos à Wikipédia, magnífico analgésico para todas as dores derivadas do desrespeito pela nossa gente, de palavras outras o plágio, "deixe lá isso, homem, que esta gente come aquilo que lhe damos". Mas não é assim. Na minha banal angústia por aplacar as ânsias estomacais pela excelência, não como aquilo que me dão, e não troco uns "bôs tchítcharos" por um "maquedonaldes" qualquer. E, pelos vistos, querem "intcher'a pança ós mous" conterrâneos com comida plástica mental. Mas voltemos à Wikipédia... E a Bornes...

«O povoamento do território a que corresponde a actual freguesia de Bornes é bastante remoto e a comprovar esse facto estão vários documentos do século XII. Por eles se sabe que a origem da povoação estaria na época pré-romana, dada a defesa castreja proporcionada pela serra Monte de Mel.» E avancemos para a magnífica publicação «MACEDO NÃO PARA». Bem, pantominices minhas, esta coisa do "pára" sem acento não me assenta. Mas isso é só porque sou contra o "desacordo". E quem lê estas baboseiras culpa não tem das minhas preferências linguísticas... Ah! Voltemos ao MACEDO NÃO PARA... Publicação apelativa, louve-se o gosto, mas...

«O povoamento de Bornes remonta ao século XII, como é comprovado em vários documentos que colocam a origem da povoação numa época pré-romana. Tal convicção é firmada pela defesa castreja proporcionada pela Serra de Monte Mel»... "Bô, adonde é q'ou já bi ua cousa mêa parecida"? Ultraje aos neurónios, cansados que estão, esta é uma transcrição bem ao jeito de trabalho de final do 8º ano, bem ao jeito de "muda-l'a ordim das palabras, q'injaldremos ua nota mim boa da prussora". 

Ora... Os documentos do séc. XII provam uma origem pré-romana de Bornes? "Or om'zesta! Atão?"... Defesa castreja? Em Bornes? Ficaria grato que me indicassem os locais com vestígios de povoados fortificados... Nem as prospecções da Associação Terras Quentes, nem a bibliografia, do Abade de Baçal até Francisco Sande Lemos, alvitram tal coisa. Deve ter sido a comissão científica... 

E, prosseguindo, só para achincalhar mais um "cibo":

1 - Wikipédia: «O mais antigo documento escrito relativo à freguesia remonta a 1110, data em que duas famílias fazem a doação dos herdamentos que possuíam em “Bornis” ao arcebispo de Braga, D. Maurício»

2 - MACEDO NÃO PARA: «Segundo vários registos, o documento mais antigo que referencia o nome da freguesia data de 1110, quando duas famílias terão feito uma doação dos herdamentos que possuíam em "Bornis" ao arcebispo de Braga»   

"Ó menos", poderiam não ter omitido o nome do arcebispo. Ah! E não foram duas famílias, foram três! E uma delas, caso tivessem ido à apresentação do livro "Bornes & Burga - Nobreza de Monte Mel", teriam percebido a importância que teve na história... nacional. 

E metendo novamente a foice em seara alheia... "A orografia desta desta zona do concelho é um vedadeiro chamariz para os praticantes de parapente e asa-delta"... "Ó balha-me Deus"! Porque copiaram frases de um documento escrito antes da instalação das eólicas? 

Senhores responsáveis pelo Pelouro da "Coltura", estas elocubrações acerca da "coltura" oficial são apenas uma pequenissima amostra das atrocidades cometidas contra a verdade da nossa história. Um destes dias, haverá mais, porque Bornes, e as restantes freguesias, merecem mais respeito do que as atoardas que saíram no boletim oficial...

Uma última dúvida existencial ao Pelouro da "Coltura": era à comissão responsável pelos disparates históricos saídos no boletim oficial que pretendiam submeter-me? Duplamente, "ó balha-me Deus"! Já sentiram os beliscos a que os pouparam?    


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