Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
sábado, 19 de junho de 2010
Despotismo energético
Amiúde, a minha voz interior presenteia-me com a subtileza de privados sussurros, rastilhos do ser, desencadeadores de um atípico género de convulsões revolucionárias no interno país... Habitualmente, como já conheço esta peste com que diariamente lido, remeto-me à clausura do silêncio. Forma de salvaguardar a proliferação de "cousas ditas a quente". O silêncio convoca as cerebrais calotes polares a intervir, quais benzodiazepinas, atrofiadoras de um vulcão que, a explodir, poderá ter efeitos colaterais de ricochete. Como pessoa, mas acima de tudo, como transmontano, é notório o meu quase ódio de estimação por uma certa monopolista companhia eléctrica. Qual teoria da conspiração, começo a duvidar se somos (des)governados a partir de S. Bento... A começar pelo patamar da desgovernação de chorudas remunerações... Questione-se um qualquer adolescente, daqueles que ainda possuem neurónios pensantes: "- No futuro, gostarias de ser Primeiro-Ministro do Governo Português?"... "- Não! Optaria, antes, por ser Primeiro-Ministro do Governo EDP!"... "-Porquê?"... "- Porque aufiro vergonhosamente mais, porque mando encapotadamente mais e porque não tenho que aturar a Oposição em estéreis debates parlamentares"... Lógico... Para lá disso, o ficcional adolescente poderia acrescentar outras coisas mais... Faces ocultas da lua... Ou, por exemplo, a passividade de uns depauperados que vivem numa região eternamente esquecida, onde, despoticamente, lhes castram a seiva que lhes corria entre montes, vales fluviais rasgados a pá e picareta, pretensos incómodos ao saudável evoluir económico do país dos descobrimentos... Para quê? Para construir barragens que suguem um pouco mais ao pouco que nos resta. Mas, um dia, qual pontapé no traseiro da letargia, assisto a algo inusual: o "poder" e a "oposição" da autarquia macedense estão de acordo! Não, desta vez não é por uma qualquer homenagem a um vulto da terra! A vereação encontrou um ponto de unanimidade: um enfrentamento à EDP! A tal que, para lá de não retirar a sub-estação do (agora) centro da "vila", bem ao lado do pólo escolar, ainda quer impor, a seu bel prazer, a colocação de linhas de alta tensão que, ao que parece, inviabilizariam os voos nocturnos do helicóptero de emergência recentemente colocado em Macedo. Os meus protestos podem chegar ao Céu, mas desconfio que até lá deve estar a decorrer um qualquer projecto de EDP-hipocritamente-solidária... A minha voz é insuficiente para mexer neste deboche total... Agregassem-se-lhe outras mais e "mexia, mexia"...
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2 comentários:
Saudações,caro Transmontano:
Todos os dias me rendo às suas sábias e acertadas frases que aqui vai "botando".E porque tenho andado a par de tudo acerca da malfadada barragem,mais revolta sinto contra estes poderes (Edp,pt bancos e demais poderes ocultos ) que nos governam por intermédio destes desgovernantes que temos.É preciso reunir a sua e demais vozes porque a partir daí , nao duvide que milhões delas se juntarão.
Cumprimentos a si e ao povo do Reino Maravilhoso.
J. Vicente
Caro Vicente, é reconfortante ler as palavras que deixou. E seria notável que mais vozes se juntassem... Infelizmente, somos um povo que se resigna em demasia perante a imagem do próprio umbigo... Um abraço!
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