Vasculha-se uma qualquer rede social, no mural os suspeitos do costume, músicas partilhadas, partilhas outras, conivências ou polémicas, cumplicidades na leitura, demais beneplácitos ou censuras. Partilha-se, gosta-se, reconhece-se gente, desconhece-se, por vezes, ou faz-se simplesmente de conta que o planeta deixou de girar por instantes, e toda a cósmica energia se concentra num pedaço de teclas agrupadas que, por magia, transformam um monitor em corrente de vida. Virtual a dizem, a imensamente real se assemelha. Repousa o mundo num pedaço de processadores e memórias RAM... Mesmo que haja mundo lá fora, mundo de benfazejas irradiações de calor para lá do emanado pela digestão da máquina que processa informação. Humano calor... Mas esse não extirpa informação e a reduz ao mundo global. E, irrefutáveis verdades, há "amigos" na social rede que se resumem à impalpabilidade... Não se tocam, mas tocam. Tenho um novo "amigo" na rede social: "TURISMO MACEDO DE CAVALEIROS"! Em boa hora!!! Louvores ao imberbe!!! Talvez pouco minore o esquecimento de turísticas rotas, que entesourados areais repousam em meridionais terras, assim o ditam os interesses. Talvez seja um pequeno e inaudível espirro, mas é indubitavelmente melhor que espirro nenhum. E, mais não seja, "arrebunha-me os pur dentros e fico tchêo de proa"! Reduzindo a saudade que acumulando se vai nos intervalos de incursões à terra-mãe. Louvores ao imberbe, voz dando a repetitivos encómios!!! De repente, a infame gula dos olhos... Vêm-se e revêm-se as fotos publicadas pelo novo "amigo", num extasiante arrepio dos sentidos que dota o espírito de aliformes membros. E voa-se, ou deixa-se voar, supersónico voo de renovado Concorde, ou a concórdia com aladas formas de montes e vales. Estou lá, pressentindo-lhe o âmago, sugando-lhe a essência, provando-lhe o néctar. Lá, onde mora a ancestralidade, onde reside a alma, onde habitam as pedras de que sou feito. Lá, onde sou percorrido por incontidas emoções, geradas sabe-se lá por qual pedaço de xisto, como se o orgulho fizesse parte da prole de incógnito pai e desconhecida mãe. Sou filho da terra, pronto, do pó talvez, de uma fugaz magia do tempo, subtilezas de um esquecido fraguedo ou de uma abrupta escarpa, como se de uma qualquer poção de água do Azibo tivesse brotado. E arrepio-me com isso. Cada "tchotcho com a sua tchalotice"... Ainda que os receptores auditivos e oculares vão sendo fustigados pela informação de que Macedo está sem vida, persisto em sentir-lhe o pulsar, mesmo à distância. Parcialidades do coração, talvez... Ou imparcialidades brotadas de vivências muitas em terra que dizem moribunda ou prestes a finar. Cego serei de obstinada paixão, assim o dizem os sensatos, ou chatos direi, que se danem, que em intestinas lutas prefiro ser helvético... A neutralidade afaga-me as entranhas do gostar e gosto de gostar, pronto! Dizem os antigos (seja lá qual for o conceito de antiguidade) que quem a feio ama bonito lhe parece. Irrefutável argumento, não gosto de contrariar a sapiência dos anciãos (quando conveniente me é, confesso)... Fique a feia beleza, assim seja, amanhem-se os contestatários com a fealdade, contente-se o céptico com a ingenuidade, sublinhe-se a abstracção de uma qualquer irrealidade. Porque, afinal, Macedo de Cavaleiros não é um concelho qualquer: é o MEU! E o de tantos outros que "meu" o consideram, egoísta visão contrária que o faz, apenas, "deles" ou "teu". Porque meu há só um, estranha confusão, e o que é meu é assustadoramente belo! Lógica conclusão de pretenso ilogismo: Macedo é assustadoramente belo, então! Porque é MEU... Se dúvidas houver, fica o prévio agradecimento pelo tratamento da obstinação no terapeuta mais próximo. Sem garantias... Acrescido da garantia pela profusão de uma estranha volúpia que conduz ao ensandecimento dos sentidos a cada invasão ao mundo que assistiu ao meu primeiro lacrimejar. Basta olhar para a "vila" com outro periscópio da alma. Ou perscrutar-lhe as entranhas com lentes distintas. Pressente-se-lhe o sopro do passado, sente-se-lhe o fôlego do presente, adivinha-se-lhe a respiração do futuro...
NOTA: AS FOTOS (À EXCEPÇÃO DA PRIMEIRA) FORAM RETIRADAS DA PÁGINA DO "TURISMO MACEDO DE CAVALEIROS"...
Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
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