Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Consolos do desconsolo

Anualmente repete-se este misto de sentimentos. Estranha forma de vida esta! A proximidade de mais uma incursão às raízes faz balançar a alma. De um lado, a excitação pela adrenalina gerada pelo aproximar da partida para mais uma fusão com o Marão, calcorreando um mal parido IP4, num dia em que a chuva fustigou anormalmente a terra. E a deliciosa ansiedade pelo reencontro com o ar que regenera, com a família que aconchega, com as serras de Bornes e da Nogueira que amparam a "pátria-mãe", com o Azibo de mil e um encantos, com o xisto e as pedras que com ele se irmanam. Do outro, a saudade, ou a áspera forma como nos dedicamos a relembrar a saudade. E a triste constatação de que, num ano mais, se irão repetir abraços da virtualidade a imagens de gente de quem já sentimos o calor e hoje apenas sentimos o trinar da recordação. Este ano terei mais uns abraços virtuais, daqueles que desejaríamos fossem reais, e muitas vezes repetimos numa realidade passada, mas que ficam sempre por dar quando alguém que nos é próximo é atingido pelo natural ciclo da vida. Esta semana partiu mais um... Ficam as imagens do caçador sorridente, daquele sotaque único, da hospitalidade com que sempre recebia, dos longos jogos de damas com o patriarca, sentados num velho escano com a lareira por companhia... E fica uma singela homenagem... Nada mais... Agora, é hora de zarpar, Macedo espera-me! Não é hora de fado, é tempo de ouvir as castanhas a estourar, num bailado acompanhado por imaginárias gaitas-de-foles onde os paulitos são substituídos por uns "copetchos de girupiga"! "- Bota lá mais um, c'um catano!"...

3 comentários:

deep disse...

Não gosto da forma como nesta época nos "obrigam" a viver a saudade. Há outras formas de recordarmos aqueles que partiram e que deixaram em nós saudades.

Que para compensar a saudade que resta dos virtuais abraços, tenhas um óptimo fim-de-semana neste mar de xisto, com direito a "magosto" e "girupiga"! :)

Sequeira disse...

Também para mim hoje foi dia de me fazer à estrada com destino a Macedo.
Primeiro, porque é nossa obrigação nesta data e segundo porque é um fim-de-semana prolongado e todos os momentos são poucos para estar junto daqueles que mais gostamos.

1 abraço transmontano.

Cavaleiro Andante disse...

Reconfortado com o degustar de umas magníficas castanhas, acompanhadas de deliciosa geropiga... Ficam as retribuições do desejo de óptimo fim-de-semana e o agradecimento pela paciência de aturar as "Cousas"! :)