Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







domingo, 23 de maio de 2010

Cousas que nos emocionam

Sei que o "futebolês" não é uma linguagem aceite unanimemente. É incontroverso que gera controvérsia... Orgulho-me de gostar de futebol, das (saudáveis) discussões inerentes ao mesmo, de o ter praticado e de ter começado a dar os verdadeiros primeiros pontapés na bola num tal de Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros. Tomei-lhe as cores e tomei-lhe as dores. Desde os tempos do velhinho Campo de Futebol, pelado, rodeado de muros decorados a artesanais pinturas publicitárias, espécie de fortificações que facilmente se transpunham. Fosse pelo poste que se subia a partir da "Casa dos Juízes", pela elevação da "Catanga" ou do "Grémio", pelo olival do "Catita" ou pelos blocos camuflados que se deixavam perto da "santinha" da Rua Alexandre Herculano. Recordo na perfeição os contornos daquele mítico campo, do seu portão de grades em lagarta do lado da Cooperativa e da sua minúscula porta de entrada confrontando com as "Casas dos Juízes". Consigo rever o reduzido habitáculo de onde eram vendidos os poucos bilhetes para assistir a um "jogo da bola". E os dois espartanos bancos de suplentes... A escadaria em cimento mal amanhado que dava acesso a uns balneários, também eles mal amanhados e arcaicos. Quando terminava uma "jogatana", preferia fazer uma rápida troca de equipamento, numa estratégica retirada para o conforto de um banho caseiro. Deixava a camisola, os calções e as meias (as chuteiras e as caneleiras eram bens escassos) entregues ao esmerado cuidado da D. Maria. Haveriam de surgir estendidas num espaço onde um dia alguém se lembrou de construir uma caixa de areia para salto em comprimento... No decorrer dos treinos, olhava, enfeitiçado, para os "jerseys" que tinham os números 2, 5 ou 13 (aqueles que me lembro de ter utilizado). E sonhava ser convocado para o próximo jogo... No próximo jogo espero estar presente. No novo campo, para festejar algo inédito: o título de campeões da Série A da 3ª Divisão. E a subida, 25 anos depois, à 2ª Divisão. Pode não valer nada... A mim, hoje, valeu-me uma emoção enorme. Pela vitória em Ponte de Lima e porque me lembrei de alguém que exultaria com tamanha façanha... "Estou que num caibo im mim de cuntentu, que nim me cabe um tchítchro no cue! O mou Macedo stá na Sigunda, catano!!!"

1 comentário:

deep disse...

Então: Muitos Parabéns! :)

Boa semana.