Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







domingo, 25 de abril de 2010

Porque é Abril…

… a lógica aconselharia à colocação de um Dianthus caryophyllus. Contudo, a Liberdade presenteou-me com a faculdade de optar por outras cores e formas que não o vermelho e o cravo. Esta é a minha singela forma de prestar tributo aos idealistas de um mundo desprovido do pesado jugo do sentido único. Retiro daqui qualquer homenagem aos que pretenderam, subrepticiamente, subverter o sonho de um país livre, metamorfoseando-o, manietando as individuais liberdades, procurando, por ilícitos meios, conduzi-las aos antípodas. O Macedense Raul Rêgo mais o seu “República”, ainda por cá andassem, saberiam converter, incomparavelmente melhor que eu, esta ideia. Viva Abril! Viva a Liberdade! Mas, indubitavelemente, não quero que viva esta Liberdade adulterada, uma Liberdade que viu o seu sinónimo alterado sem o recurso a qualquer acordo ortográfico. A Liberdade não condiz com o desprezo a que é votada uma região. A Liberdade não pode pactuar com a castração com que, sucessivamente, um povo é privado dos seus mais básicos direitos. A Liberdade não pode, alegremente, caminhar lado a lado com a corrupção, o clientelismo, a pedofilia, o escândalo económico, usando como cajado de apoio a impunidade. A Liberdade não deveria ter finado, de vez, com o abismo da dicotomia “patronato-proletariado”? A Liberdade que hoje vejo acentuou as diferenças. Esta Liberdade trouxe mais riqueza aos que abastados eram e mais pobreza aos que na míngua viviam. O “meu” Trás-os-Montes é considerado, estatísticas assim o proclamam, a região mais pobre desta Europa do Euro… Mas não era… Agora é uma região “livre”. Pode dizer o que quer, é verdade. Mas amputam-na do básico, tiram-lhe maternidades e elementares serviços de urgência, roubam-lhe o caminho-de-ferro, dão-lhe migalhas em troco de barragens impostas, privam-na de vida. E sugam-lhe o tutano… Como faço parte do osso, sinto-lhe as dores e o sufoco da sucção que sobre o mesmo é exercida. E desdenho desta Liberdade que é a antítese do Robin dos Bosques. Esta Liberdade tira aos pobres para dar aos ricos… E desgraçado do pobre que não dê a sua contribuição… Mais não seja na forma de mais de metade da produção da energia eléctrica nacional. Não deveríamos viver no Orwelliano país d'"O Triunfo dos Porcos"...

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