Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
quinta-feira, 29 de abril de 2010
E porque no Domingo foi Festa da Senhora do Campo…
domingo, 25 de abril de 2010
Porque é Abril…
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Um Primeiro-Ministro Macedense?
Ou quase… Já que estamos em Abril, a poucos dias das comemorações do conturbado período que haveria de ter o seu epílogo no dia que me facultou a autorização para escrever o que me “der na real gana” sem o receio de um fantasma “lápis azul” a pairar… Pena as deturpações que se lhe seguiram. Mas isso são outras histórias… E, já que estamos em Abril, caso ainda fizesse parte física do nosso mundo, alguém haveria de ter completado a provecta idade de 97 anos no passado dia 15. Um alguém que, partilhe-se ou não dos seus ideais, era de rija têmpera, não tivesse visto a luz do mundo por transmontanas terras, lá para os lados do “umbigo do mundo”, Morais para os menos atentos. Um alguém que, paradoxo dos paradoxos, ou talvez não, conclui um curso de Teologia, abraçando, de seguida, o anticlericalismo. Desse alguém me lembrei ao renovar a minha incessante busca de entendimento desse período revolucionário, relendo, entre outras coisas, umas memórias de um dos mentores do MFA e outras de quem faz parte da História Portuguesa como Primeiro-Ministro e Presidente da República… Ao lembrar-me, assolou-me a mente, qual histórico pesadelo, a injustiça que a toponímia macedense tem feito aos seus “heróis”. Não é este o caso, detentor de uma placa toponímica, lá para os lados dos Merouços. Mas soa-me a insuficiente… Afinal, não fosse a firme oposição do líder partidário de então e, em vez do advogado Palma Carlos, teríamos tido um macedense registado na História como o primeiro Chefe de Governo no pós-25 de Abril. Ficou como o primeiro Ministro da Comunicação Social…
A verdade, porém, é que, dado o seu passado como firme opositor ao regime do Estado Novo, consubstanciado no seu declarado apoio às candidaturas de Norton de Matos ou de Humberto Delgado, bem como na voz que deu ao jornal República, como director a partir de 1972, o MFA indicou-o como candidato a Primeiro-Ministro. E, de facto, o General Spínola convidou-o a desempenhar tal função. Contudo, a chegada do verdadeiro líder partidário impôs uma espécie de disciplina hierárquica, relegando esta figura para um plano distinto da cooptação que lhe tinha sido feita pelo aparelho militar. Foi efémera a sua passagem como ministro, em contraponto com a longa permanência de 24 anos como deputado. Deste período resultaram imensas histórias, resultantes de acesos debates. No entanto, retenho a sua entrada em cadeira de rodas para a votação da célebre Lei do Aborto… Um voto era um voto… Retenho, ainda, o ocorrido num debate parlamentar de 1980 em que, de forma pouco ortodoxa, mimoseou o parceiro de uma oposta bancada com um “Vá para a p*** que o pariu!”… Um insulto à avó do autor de “Equador”…
Desapareceu da cena dos vivos em 2002, legando-nos um passado de luta e algumas notáveis obras… Destaco a fantástica “História da República”, em cinco volumes, a “obra da sua vida”, plagiando o autor do prefácio… O mesmo que não lhe franqueou as portas para termos tido um notável macedense como Primeiro-Ministro… Raul Rêgo, de seu nome…
sábado, 17 de abril de 2010
Castrações da vergonha?
Previamente ao visionamento, para não haver sobreposição de ruído, desligue, p.f., o som da "Cousas Rádio"...
Veiga de Lila - Valpaços… Vilar de Maçada - Alijó… Vila Real… Poder-se-ia acrescentar Lagoa - Macedo de Cavaleiros… Ou, recuando um pouco no tempo, Grijó – Macedo de Cavaleiros… Com o firme propósito de preservar a terra-mãe de implícita corrosão, restrinjo-me ao vizinho distrito… As hierarquias assim o ditam… E, afinal, trata-se de um gémeo, mesmo que a modernidade das NUTS tenha adulterado, ao de leve, a tradição. Contudo, Trás-os-Montes é Trás-os-Montes e não há adulterações que corrompam esta essência de transmontano ser, seja de bragançanas terras ou de vila-realense território. Fala-se de abandono, há abandono… Escalpelizar as causas resultaria numa perda de tempo… As transmontanas gentes, mais que sabê-las, sentem-nas.
Ou vão-nas sentindo, ao sabor do ruído atroz gerado pelo silêncio de quem destas terras brotou e, sabe-se lá porquê, renega as origens, esquecendo-se desta cada vez mais esquecida gente. Terras do olvido… Impenetráveis fraguedos, desoladas terras, resignações de bravia gente… Como me dói olhar o meu mundo, sabendo que as raízes do mesmo se estendem à Presidência da Comissão Europeia, à Chefia do Governo Português e à Liderança da Oposição… Como me dói sentir os enganos de quem parece desprezar o ventre transmontano que vida lhe deu… Como corrói olhar para hipócritas sorridentes faces imunes aos pedidos de gente simples que apenas quer sentir que é gente como qualquer outra. A Linha do Tua é apenas uma das muitas faces do monstro que comeu xisto e granito, e os cospe em forma de betão…
Mais que discutir barragens ou encerramentos de linhas férreas, dever-se-ia estancar a hemorragia da resignação e da passividade. Dão-nos “cabo do coiro” e nós retribuímos com ingénua amabilidade. “Comem-nos de cebolada” com falsas e adiadas promessas e nós recorremos a um incompreensível mutismo, alicerçado numa qualquer tradição que diz sermos um povo hospitaleiro. Como é possível ter hospitalidade para quem nos espeta, sucessivamente, facas nas costas? Encerram-nos serviços básicos e nós sorrimos? Ou limitamo-nos a uns fugazes protestos, rapidamente apagados pela próxima campanha eleitoral… Onde alimentamos “pançudos” a alheiras, presunto, enchidos e posta à mirandesa, sabendo, de antemão, que vão digerir as genuidade e bondade transmontanas para um qualquer corredor de S. Bento, Bruxelas ou Estrasburgo, arrotando a convicção de que os irredutíveis estão amansados de novo… A interioridade não se paga cara pela prepotência dos que de lá saem em direcção ao “El Dorado”. O elevado preço resulta da devolução em forma de silêncio ao silêncio que nos dão…
Não irei ver o “Pare, Escute, Olhe”… Para derramar “rios Tua” movidos a raiva, já me bastou o “trailer”… Sensibilidades escondidas por detrás de uma aparente couraça de frieza, coisas humanas ou, simplesmente, transmontanas… E não irei ver porque, no país que merecemos, não consigo alhear-me da constante adulteração que faço ao título do documentário. Olho para a película, assisto ao desfilar de caras e sinto que vivo no país do “Quero, Posso, Mando”… E a esse país que abandona um pedaço do que seu é, que me desculpem as mentes mais sensíveis, digo, transmontanamente falando com tempero a eufemismo, “carvalho ma racontracosa”…
Trailer Cinema "Pare, Escute, Olhe" from Pare, Escute, Olhe on Vimeo.
Veiga de Lila - Valpaços… Vilar de Maçada - Alijó… Vila Real… Poder-se-ia acrescentar Lagoa - Macedo de Cavaleiros… Ou, recuando um pouco no tempo, Grijó – Macedo de Cavaleiros… Com o firme propósito de preservar a terra-mãe de implícita corrosão, restrinjo-me ao vizinho distrito… As hierarquias assim o ditam… E, afinal, trata-se de um gémeo, mesmo que a modernidade das NUTS tenha adulterado, ao de leve, a tradição. Contudo, Trás-os-Montes é Trás-os-Montes e não há adulterações que corrompam esta essência de transmontano ser, seja de bragançanas terras ou de vila-realense território. Fala-se de abandono, há abandono… Escalpelizar as causas resultaria numa perda de tempo… As transmontanas gentes, mais que sabê-las, sentem-nas.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Spantalhices
Cousas Pascais
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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