Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sábado, 21 de fevereiro de 2009

Cousas carna"b"alescas


No Carnaval, ninguém leva a mal... Por isso mesmo, posso dizer o que bem me aprouver sobre a palhaçada que representa tal data. Nada me move contra as tradições. Pelo contrário, as associadas ao "introitus", ou Entrudo (na sonoridade da minha terra, In'trudu) como gosto de o ouvir chamar, representam para este macedense e transmontano uma forma mais de manter viva a secularidade de rituais muito próprios, apenas com paralelos na vizinha província de Zamora. E porque me atrevo a apelidar o Carnaval de palhaçada? Simplesmente porque o mesmo representa uma trégua hipócrita de três dias. Senão, vejamos... No decorrer desses mesmos dias, pode gozar-se sem limitações com a "engenheirice" (ou pseudo) do nosso "primeiro", que isso não dá direito a processos judiciais por difamação. Pode transformar-se o ministro Teixeira dos Santos num dinossauro devorador de euros sem as consequências previstas na lei. É permitido fazer todas as rábulas com os helicópteros do INEM acerca da Sra. Ministra Ana Jorge, que não há-de saltar nenhuma hélice que nos atinja. Podemos até atirar com uns tomates, ou batatas, ou seja lá o produto agrícola que for contra o Dr. Jaime Silva que, no máximo, apenas nos será apresentada a conta da lavandaria... Podemos, inclusive, expor as "banholas" que a alimentação fast-food nos faculta, sem corrermos o risco de sermos incriminados socialmente pela inestética. Somos ou não somos vítimas da escravidão dos valores sociais? Como escravos, aproveitamos estes três dias como um período de libertação das convenções que nos são impostas. Em abono da verdade, transformamo-nos, em três míseros dias, naquilo que gostaríamos de ser nos restantes 362 (ou 363, para os atentos dos anos bissextos). Bleargh!!! É por isso que não gosto do Carnaval...

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