
Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
segunda-feira, 31 de maio de 2010
O reverso das medalhas… e das faixas de campeão

quinta-feira, 27 de maio de 2010
Artes Sacras, Arqueologias e Histórias



domingo, 23 de maio de 2010
Cousas que nos emocionam

quinta-feira, 20 de maio de 2010
Espelhos de vida
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Desconexões nostálgicas
"...Trás os Montes é um berço onde tenho de nascer todas as horas e morrer um dia..." - Miguel Torga

Trás-os-Montes é um berço onde renasço... E onde tenho de regressar um dia... Nem que para finar seja... A cada incursão, sinto que, tal como Torga, vou para lá receber ordens, dos meus antepassados. Não é um vulgar chamamento, antes é uma purga da alma, desinfestação interior que me livre dos patogénicos agentes que me corrompem as entranhas de xisto. A verdade é que a terra bravia me regenera o espírito, como se a natural sequência fosse exposta a uma regressão de rejuvenescimento. Pode soar a humana insanidade, mas uma travessia do Marão (ou do Alvão, enquando o IP4 assiste à sua sentença) representa um vínculo com a eterna juventude. Não há druidas ou poções mágicas, apenas resistem os seus fantasmas. Em forma de vento que irrompe do nada para fustigar serranias, ou de um simples pardal que lhe faz frente num desaustinado movimento alado. Ou a canícula que faz gotejar uma face esgotada, sede de um retemperador mergulho em riachos com histórias para contar. Ou no Azibo, simplesmente... Formas temperadas a ser, misturas de nada onde reina o tudo. E um velho que passa, sorriso terno, desconfiado, rugas do tempo marcadas num semblante tostado pelo sol. "Atão, num é de cá, peis não?"... "Ah carvalho ma racosa, atão é filho de fulano? Já mu pudia ter dito! Bote lá comigo que puri inda bubemos um copo! Olhe q'a nha pinga num se fica atrás dessas murraças que se bendim no Lidére, ou lá no que caralhitchas é! Num sei pur onde anda a minha, mas já lu digo que fica mim contcha si'u lebo lá a casa!"... Mas não, fica sempre para uma qualquer outra vez, que os "pur dentros" já não estão vocacionados para abusos do passado, recuadas épocas em que negação não haveria à hospitalidade do copo. Lascas de presunto por companhia, navalhas afiadas pelo esmero, ancestrais funções de pedras "afiadeiras" resguardadas do esquecimento, num qualquer canto à beira da adega. "Carabunhas" lançadas no vazio, poço de infindados desejos sem mácula, sonhos de uma infância sempre revivida e nunca perdida. É a perdição do espaço, num tempo que dá razão a Einstein, porque os ponteiros entram numa greve de zelo, retardando o sol no zénite ou prolongando o estremecimento do silêncio das constelações que nos cobrem. Como se o sol reinasse de noite e as estrelas se espraiassem num dos areais do Azibo. Contrastes de um longínquo uivo com um bramido perdido, sombras que pairam num Reino Esquecido. Como se Banreses tivesse estendido os seus braços do abandono, suspiro de uma ressuscitação sempre adiada, num abraço fraterno entre iguais. Mais não seja, em jeito de profecia... Talvez isto seja a antítese do transmontano que sou... Gosto de brindar a minha terra com um sorriso mas, por vezes, a saudade amputa-me da capacidade de distender os lábios e a pena limita-se a desenhar desconexos signos de nostalgia... Amanhã passa... "Ou num tu dixo?"...
Trás-os-Montes é um berço onde renasço... E onde tenho de regressar um dia... Nem que para finar seja... A cada incursão, sinto que, tal como Torga, vou para lá receber ordens, dos meus antepassados. Não é um vulgar chamamento, antes é uma purga da alma, desinfestação interior que me livre dos patogénicos agentes que me corrompem as entranhas de xisto. A verdade é que a terra bravia me regenera o espírito, como se a natural sequência fosse exposta a uma regressão de rejuvenescimento. Pode soar a humana insanidade, mas uma travessia do Marão (ou do Alvão, enquando o IP4 assiste à sua sentença) representa um vínculo com a eterna juventude. Não há druidas ou poções mágicas, apenas resistem os seus fantasmas. Em forma de vento que irrompe do nada para fustigar serranias, ou de um simples pardal que lhe faz frente num desaustinado movimento alado. Ou a canícula que faz gotejar uma face esgotada, sede de um retemperador mergulho em riachos com histórias para contar. Ou no Azibo, simplesmente... Formas temperadas a ser, misturas de nada onde reina o tudo. E um velho que passa, sorriso terno, desconfiado, rugas do tempo marcadas num semblante tostado pelo sol. "Atão, num é de cá, peis não?"... "Ah carvalho ma racosa, atão é filho de fulano? Já mu pudia ter dito! Bote lá comigo que puri inda bubemos um copo! Olhe q'a nha pinga num se fica atrás dessas murraças que se bendim no Lidére, ou lá no que caralhitchas é! Num sei pur onde anda a minha, mas já lu digo que fica mim contcha si'u lebo lá a casa!"... Mas não, fica sempre para uma qualquer outra vez, que os "pur dentros" já não estão vocacionados para abusos do passado, recuadas épocas em que negação não haveria à hospitalidade do copo. Lascas de presunto por companhia, navalhas afiadas pelo esmero, ancestrais funções de pedras "afiadeiras" resguardadas do esquecimento, num qualquer canto à beira da adega. "Carabunhas" lançadas no vazio, poço de infindados desejos sem mácula, sonhos de uma infância sempre revivida e nunca perdida. É a perdição do espaço, num tempo que dá razão a Einstein, porque os ponteiros entram numa greve de zelo, retardando o sol no zénite ou prolongando o estremecimento do silêncio das constelações que nos cobrem. Como se o sol reinasse de noite e as estrelas se espraiassem num dos areais do Azibo. Contrastes de um longínquo uivo com um bramido perdido, sombras que pairam num Reino Esquecido. Como se Banreses tivesse estendido os seus braços do abandono, suspiro de uma ressuscitação sempre adiada, num abraço fraterno entre iguais. Mais não seja, em jeito de profecia... Talvez isto seja a antítese do transmontano que sou... Gosto de brindar a minha terra com um sorriso mas, por vezes, a saudade amputa-me da capacidade de distender os lábios e a pena limita-se a desenhar desconexos signos de nostalgia... Amanhã passa... "Ou num tu dixo?"...
domingo, 16 de maio de 2010
O diabo veio ao enterro


terça-feira, 4 de maio de 2010
Cousas de estarrecer!
Quando o tema é a Saúde, é expectável que o mesmo surja de mãos dadas com a polémica, quais gémeos agrupados após a nascença, contrariando a habitual expressão do senso comum. Para mal de pecados nossos, quando o dito se alia a terras transmontanas, ou vem dor, ou vem algia... Não é perlimpimpim, mas perlimpimpou-a o gato... Infelizmente, vêm sendo recorrentes as descoordenações na (des)Saúde que (não) temos. Não! Desta vez já não vou dilacerar as hélices holográficas! Tiveram o seu tempo, o seu momento de fama pelos consecutivos adiamentos. Também não me vou deter sobre maternidades. Recorro, excepcionalmente, à versão egoísta que vai marcando o ser social que o Homem (também) deveria ser: já não preciso de parteiras, obstetras e afins... E como só espero ser avô daqui por uns anitos, até lá terei tempo de me recompor e de cumprir a respectiva penitência... Ainda sobrariam os SAP, as Urgências, ou o que delas resta... Mas já estou cansado de bater no ceguinho... Desta vez, a incredulidade bateu à porta. Não sei se chore, se ria, ou se pegue num chicote de auto-flagelação, de forma a estancar esta vontade imensa de bater em alguém ou, masoquista e alternadamente, ir de encontro a uma parede com a caixa que alberga o órgão pensante. Não será necessário ser detentor de capacidades "sherlockianas" para encontrar exemplos anedóticos do funcionamento de algumas entidades que deveriam zelar pela nossa saúde, nomeadamente as que são responsáveis por dar resposta a casos urgentes. Basta procurar no "Youtube"... O que surgiu na imprensa desta semana relativamente à articulação entre os CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) e os diversos meios de socorro, mais que anedótico, é alarmante. Sem esmiuçar outros casos relatados, a ser verdade a ocorrência de uma chamada aos Bombeiros para acudirem a uma situação de paragem cardio-respiratória em Podence, quando a mesma, efectivamente, ocorrera em Limãos, faz-me pensar que este país, na verdade, está entregue ao deboche total... Afinal de contas, contas feitas, de números não passamos... Pelos vistos, alguém terá confundido "Podãos" com "Limence"... É desculpável... São fonética e geograficamente semelhantes. Caso tracemos um meridiano que atravesse a Ilha do Fidalgo no nosso Azibo, a distinção entre Podence e Limãos reside, tão só, numa letra... Uma fica a Oeste dessa imaginária linha, ficando a outra a Este. A diferença resumida a um "O". Que, neste caso, como em tantos outros, foi um "O" de óbito...
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