Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







sábado, 17 de janeiro de 2009

Cousas de Estórias Nostálgicas

A "Florestal" serviu de mote ao renascer de um certo espírito nostálgico que, por norma, me acompanha. Venham de lá as potenciais acusações de retrógrado... Mentiria se afirmasse que não sou, variadas vezes, assaltado por recordações da minha história (e das histórias) da "vila". Hoje, ao reler "Macedo de Cavaleiros - Rua a rua" (pela enésima vez...), senti, paulatinamente, um ardor inenarrável a acometer as minhas conexões neuronais. Já são poucas, é sabido, mas ainda permitem o arrepio temporal de uma regressão aos tempos em que o "Jardim" era marcado pelo "(A)cipreste" num dos extremos e pela fera ondulada de Bornes no outro. O primeiro foi assassinado e repousa em paz pelos lados do "S.Francisco". A segunda assistiu ao homicídio da sua magnífica visão por dois "mastodontes" que se ergueram ao fundo do dito "Jardim". Ao descobrir, casualmente, a fotografia que acompanha este texto (da autoria, talvez, de quem se assina PintoBanrezes e honra lhe seja feita), dei por mim numa viagem ficcional, de tão rápida, aos idos anos 70/80 do século passado. "Inda" me lembro... Dos bancos pintados de branco, do cipreste, da ausência das "fontes (secas) luminosas" e de um piso irregular que, ainda assim, permitia os primeiros avanços na arte de patinagem com imensas quedas de permeio... E as noites de Verão com o "quino"? "- Sóóózi'nhu!... Nobe!" ; "-U mais pequeninuuuu! Um!" ; "-Patinhus! Bint'i dois! Dois, dois!...". Mas, recuando um pouco mais, as primeiras recordações que guardo do "Jardim" remetem-me ao tormento que para mim representava acompanhar o meu "velhote", o Dr.Armando e outros parceiros, em amena cavaqueira, com as suas mãos posicionadas num firme apertar por detrás dos costados. Sobe o "Jardim", desce o "Jardim"... Ininterruptamente, ao abrigo de conversas intermináveis e indecifráveis para um catraio que, o mais que desejava nessas noites, era a passagem pelo "estabelecimento" do Sr.Armando Correia onde receberia como bónus um chocolate de tal forma delicioso que ainda hoje salivo ao recordar o invólucro dourado e encarnado que o envolvia...

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