Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







domingo, 28 de dezembro de 2008

Cousas do Natal Macedense

Há Natais e Natais... Indubitavelmente, ainda que não seja tempo dela, cada um puxa a brasa à sua sardinha e o Natal no Algarve há-de ser sempre o melhor para um algarvio. Da mesma forma que o congénere transmontano há-de ser o melhor para quem brotou de terras de "trás do sol posto". Inegável e indiscutível... O meu Natal não seria Natal se não zarpasse até às terras onde, por esta altura, é comum o termómetro ver o zero a partir do rés-do-chão. Existe sempre uma ansiedade agradável antes do serpentear pelo IP4. "Levo as prendas todas?" ; "Os meus livros já estão na mala?" ; "Blá, blá, blá, não me esqueci de nada?"... "Miudagem, acomodem-se, que vai dar saída o expresso para mais um Natal nordestino!" Zás! "Oh Papá, coloca aquele CD que tem música de Natal... Pode ser?" Viva o espírito natalício!...
Com o vislumbre da serra de Bornes, agraciada com um colar de nevoeiro, aumenta a vontade de pisar de novo a terra que me viu nascer, quase dois meses depois da última incursão. E incrementa consideravelmente a fome que já sinto, antecipando o petisco que a "patroa" terá, seguramente, à espera. A chegada revela-se como um renovar de laços ancestrais, beijos e abraços à mistura, o aconchego divinal de uma lareira que reconforta a alma e o franguinho caseiro refogado com umas batatas da terra, regado com uma "pomada" esquecida há muitos anos mas que ainda tem a capacidade de espevitar espíritos adormecidos. É indescritível a miríade de sensações que me assolam... Talvez se assemelhem a um renascimento e a um respirar de novo pela primeira vez... Sei lá como explicar isto... É Trás-os-Montes... É Macedo...

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