Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
sábado, 20 de setembro de 2008
Cousas das Convulsões do Mundo
O concelho de Macedo anda nas bocas do mundo geológico. Como atento observador dos eventos que pululam por terras macedenses, já não é a primeira vez que vejo a referência "umbigo do mundo" associada ao concelho. Por motivos estritamente particulares, já tinha tido a oportunidade de me debruçar sobre a importância que o Maciço de Morais detinha para a compreensão das convulsões pelas quais passaram as placas tectónicas até ser assumida a configuração continental que hoje conhecemos. Apraz-me assistir ao reconhecimento dessa mesma importância, numa forma que extravasa o reducente mundo científico, particularmente o daqueles "malucos" que entram em êxtase a olhar para pedras. A verdade incontornável é que, por muito que as novelas tragam mais mediatismo à "terra esquecida", no restrito (e muitas vezes fechado) universo da ciência, o concelho de Macedo tem uma seta de inegável valor cravada bem no seu centro (um pouco desviado a leste, é certo, mas fica mais bonito escrever "centro"). Mas, sendo objectivo(?), ainda que estes assuntos contribuam para o incremento do meu orgulho macedense, que contibuição oferecem para diminuir os efeitos da taxa de juro acima dos 5%? Pois isso provoca convulsões nos bolsos infinitamente superiores ao do movimento das placas continentais! Pode não ter efeitos imediatos tão devastadores como um terramoto na China, mas que é díficil manter o equilíbrio, especialmente o orçamental, lá isso é. Pelos vistos, este país não fica soterrado sob pedras, mas debaixo de dívidas. E como já acreditei mais que somos um povo de "velhos do Restelo", sempre disponível para vir para a televisão com a monótona tirada de "o negócio vai mal", começo a desejar a chegada de um qualquer D. Sebastião, mas assumindo a forma de um Infante D. Henrique... Contudo, ainda que tal fosse possível, estou cada vez mais céptico: já não temos as colónias para sustentar as loucuras orçamentais (agora são elas que nos colonizam) e a União Europeia já aprendeu a não dar ouvidos à "chico-espertice" de quem a tentou convencer que a Ferrari produzia veículos agrícolas... Pode ser que se descubra petróleo ao largo de Sesimbra ou Peniche. Ou que as Berlengas se transformem numa jazida de pedras preciosas. Ou que sejamos os pioneiros da colonização lunar... O problema é que já nem caravelas temos...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário