O pulmão da cidade está a ser objecto de uma intervenção, com o intuito de minimizar os potenciais riscos de incêndio nesta época estival tão martirizante para as florestas nacionais. Prevenção deveria ser um termo aplicado a outros quadrantes do quotidiano deste país à beira-mar plantado. Todavia, pelo andar da carruagem, parece já não haver prevenção que valha a este rectângulo que enferma de uma combustão acelerada, traduzida nos constantes indicadores negativos, quando nos comparamos com os restante membros da UE. Louve-se a atitude da Câmara Municipal e das restantes entidades envolvidas para contrariar o flagelo que representam os incêndios. Incendiária poderá ser a pretensão de alguns bares macedenses, ao solicitarem o alargamento do funcionamento nocturno. A crer na RBA, dos cinco que pediram o licenciamento, dois foram excluídos. Virá polémica, na certa... Polémica já existe com a construção da Barragem do Baixo Sabor. Os ambientalistas continuam na sua legítima onda de protestos. O Governo e a Associação de Municípios do Baixo Sabor insistem nos argumentos económicos. Uns e outros têm razão. Mas, afinal, onde está a razão? Neste caso, como, aliás, será extensível a qualquer querela, existe a razão de um lado, a do outro e a correcta... Razões políticas à parte, por muito que me custe o desaparecimento do "único rio selvagem da Europa", não temos, em Trás-os-Montes, o Parque do Douro Internacional? E a Paisagem Protegida do Azibo? E não estão ambos num contexto de barragens (com objectivos distintos, é certo)? E qual foi a biodiversidade gerada em ambas as situações? Na minha ignorância, verifico que foi imensa! Basta consultar os sites dos referidos parques... E mais polémica advém das declarações do presidente do INEM à Antena 1. Não é que o "iluminado senhor" garante que já não é necessário o célebre helicóptero para a região transmontana, e que deveria ficar sedeado em Macedo? Pois fique sabendo o dito "iluminado senhor" que, segundo dados oficiais, o helicóptero do INEM estacionado em Matosinhos possui a maior fatia de serviços de emergência no distrito de Bragança? Porque será? Seguramente, porque Sua Excelência deve desconhecer o isolamento e a falta de meios a que está votada esta (pouca) gente (votante). E os compromissos assumidos por Correia de Campos nos protocolos que estabeleceu com as autarquias do Nordeste Transmontano? Será que a desculpa é que ele já cá não está (salvo seja...) e, entretanto, houve um inesperado surto de desenvolvimento nas condições de saúde transmontanas? Não me diga!!!... Bem-haja a sensatez de Mota Andrade!!!
No momento em que se fala da eventualidade do prolongamento da via ferroviária até Puebla de Sanabria, passando pelos concelhos de Macedo e Bragança, surge mais uma voz a contestar a construção da Barragem do Tua. Desta vez, foi Francisco a querer partir a "Louçã". Pareceram-me acertadas as suas declarações e, afinal de contas, sempre ganhou com a espectacularidade da viagem que fez no Metro não-Lisboeta, entre o Tua e Mirandela. Aproveite, por favor, para convidar os seus parceiros de Assembleia para fazerem o mesmo e verificarem, in loco, o crime que está prestes a cometer-se. E, já agora, convide a senhora Manuela Ferreira Leite e os senhores José Sócrates, Paulo Portas e Jerónimo de Sousa para, em vez do debate no monótono S.Bento, efectuarem um "tu-cá-tu-lá" a bordo de uma "verdinha", rodeados por uma paisagem sem os ares baforentos da capital...
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