Na fugacidade dos dias, renovadas apetências para albardar o costado com merenda e demais apetrechos, máquina fotográfica a adornar pescoços ávidos por aliviar o peso de matinais geadas.
Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
O Alustro num reino de esquecimento... (Sendas-Vale da Porca)
Na fugacidade dos dias, renovadas apetências para albardar o costado com merenda e demais apetrechos, máquina fotográfica a adornar pescoços ávidos por aliviar o peso de matinais geadas.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Ideias Natalícias
O Natal, ainda que destituído do universo mágico que carimbou a infância, persiste no encantamento dos sentidos. Mesmo que não seja fácil "botar" explicações acerca deste estado hipnótico, luzinhas para um lado, enfeites para outro, músicas de embalar o espírito, aculturações em forma de "oh, oh, oh" a partir do refrigerante que não fez voodoo ao mal parido sósia do mal amado candidato ao "balon d'or"...
Como me dizia um amigo, quando não se podem fazer omeletes com ovos, façam-se com cascas. E, inúmeras vezes, há omeletes com cascas que surpreendem o paladar, exaltam os sentidos, petrificam o olhar. Divagações gastronómicas à parte, aplaudam-se os empreendedores de ideias! Agrada-me esta ideia da "Cidade Natal". A sério que agrada! Porque, repetições muitas, sou um crente. Obstinadamente crente, descaradamente crente... E confesso que gosto desmesuradamente das decorações natalícias. Afagam-me as agruras, retemperam-me a escuridão, moldam-me o carácter para a persistência. E renovam-me! Pelo tempo que duram os efeitos, mais não seja, até à chegada do fogo dos Caretos...
Dizia eu que me agrada esta ideia da "Cidade Natal". E, convictamente, vou tentar participar, ainda que tenha reservas relativamente ao meu (des)apurado gosto para enfeites. Sejam eles de que âmbito forem... E gosto de ver os segadores com vida renovada, mesmo que alguns insistam em apelidá-los de "cegadores", saiba eu que as "seitouras" também serviriam para tirar olhos quando "s'ingaliabam" uns tantos... Mas Natal não é tempo de "bulhas". Até o burrinho e a vaquinha permanecem em sossego no presépio. E por falar em presépio... Que tal um pequeno desvio até ao Museu de Arte Sacra?...
terça-feira, 26 de novembro de 2013
De regresso... Porque dizem que em Macedo não há nada para fazer...


Após um mais que insípido matinal e vespertino Sábado, e nada mais havendo para fazer, energias balofas essas, rumo às "Memórias da Maria Castanha", preferível é o colapso de um "bilhó" entalado na garganta ao engasgar do nada haver para fazer... Ouvidos cansados pelo estridente disparo de obturadores, escutam-se histórias da "Maria Castanha", esse tão nosso fruto, batata dos soutos. E ficamos encantados por nada haver para fazer... Porque, de seguida, haverá que rumar a outras paragens. Dizem que a Companhia de Dança do Norte terá um espectáculo no Centro Cultural. Centro quê? Blheargh!... Não têm mais nada para fazer?...

sexta-feira, 19 de abril de 2013
Alustrices


Não se explicam, sentem-se. Apenas e tão só, sentem-se. Digo eu, mero Cavaleiro Andante, sonhador de letras e imagens, é assim que vejo os sonhos.
Só os entendo esquissados a lápis sem cor, coloridos a giz de paixão. Numa qualquer lousa perdida no tempo e partida em partilháveis pedaços. Gostava de ser Alustro, a sério que gostava, ser parte de um bando de pardais à solta. Provavelmente, convidar-me-ão, tudo tem um preço afinal... Julgo já ter a ficha de inscrição, especial impresso para anónimos sócios, Macedo tem vida, ou vida quer ter. E tem património, gente, potencial, atmosfera... E tem Bornes, Nogueira... E Monte de Morais... E tem Azibo... E tem Alustro - Clube de Fotografia A. M. Pires Cabral... Venham mais cinco...
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domingo, 7 de abril de 2013
Escuteiros - ou regressões ao 602...

De repente, dei por mim a celebrar a Promessa. «Prometo, pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por: cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria; auxiliar os meus semelhantes em toda as circunstâncias; obedecer à Lei do Escuta»... As gavetas da memória abriram-se, sem aviso prévio, marcas da nostalgia, talvez. Alerta, sempre Alerta. Ou, Escuteiro por um dia, Escuteiro para toda a vida... Era hora de apadrinhar a promessa do futuro Explorador. Emocionei-me, a sério que me emocionei...
Ficava a voz embargada, quase castrando a repetição do que ao microfone ouvia. Talvez fosse o eterno espírito de Baden Powell a provocar o estremecimento. Ou o incontrolado desejo de revivescência... Senti um orgulho imenso no 602, semelhante àquele que sentia enquanto entoava a "Radiosa Floração" de tempos idos, no indómito grito de "Escuteiros leais, avante, avante!"... Os Chefes Rui, Fátima, Afonso, Manuel Joaquim... A minha Patrulha Lobo, ou a Veado de avanços outros, lá longe, já ao virar da Associação de Socorros Mútuos para o Bairro de São Francisco. De súbito, lembrei-me de umas fotos que vi, algures, pela rede social... Faces que, evoluções celulares, perderam naturalmente a graciosidade de epidermes esticadas pela juventude. Mantêm-se graciosas, de igual forma. Tal como graciosa ficou a minha vontade de regressar... De repetições também se desenha a vida... Escuteiro por um dia, Escuteiro para toda a vida. Não fiz a Promessa... Mas prometi a mim mesmo o regresso, enquanto assistia a um inenarrável e comovente esvoaçar de lenços ao vento...
(Fotos "surripiadas" da autoria de Alexandra Mascarenhas)
quinta-feira, 28 de março de 2013
Bô! Dunde carbalhitchas s’indrominou o folare?
Descansem culinários peritos, imiscuir não me vou na excelência do que
excelente é. De receitas quero saber-lhes apenas o resultado… E o registo das
etapas… Ou inventá-las… Mas ao que interessa vamos…
Avance-se até ao medievo, das trevas lhe chamaram,
erradamente o direi. Voemos até à Baixa Latinidade, ao “focagium”, imposto de
feudalistas timbres, por cá derivado em fumádego, direito de fumagem ou fogaça.
Lá teria de haver explicação para se contarem fogos ao invés de casas… E já se
pagava uma imberbe forma de IMI… Aos desgraçados dos contribuintes, «alem
do foro a que sam obrigados e concertados com o senhorio oyto alqueres de
fogaça»… Só para um exemplo citar…
Ou outro, lá para o séc. XII: «…Et in servicium
unam fogazam de duobus alqueiris tritici…». Por estas bandas, também os
ilustres donatários do infeliz Mosteiro de Castro de Avelãs se rogavam ao
direito de considerar os que em suas terras moravam «bassalos do mosteiro» e «pagam mais de fumadego cada
hum para acender foguo quatro dynheiros e meio». E das obrigações seculares,
dos tempos evoluções, se terá passado para as religiosas. Como diz o
inestimável Abade de Baçal, «Também na mesma semana gloriosa os párocos visitam
as casas dos fregueses, lançando-lhes água benta e suplicando a Deus que
prospere bem os moradores, ao mesmo tempo que levantam o FOLAR.» Ou resquícios
do «focagium»… Pagamentos em «focolare»… Ou em «fo(co)lar(e)»… Digo eu…
quarta-feira, 27 de março de 2013
Rumando a Nordeste
Estar e não estar... No refugo do tempo, partículas que teimosamente permanecem agarradas à pele rugosa rasgada por geológicos encantos. Por vezes, apetece-me apagar a história, friamente, de macabra forma, sem pudor. "Albidei" a quadra natalícia, reformei antecipadamente o Entrudo, ocultei dias e passagens de repetidos e brilhantes fenómenos da pátria xística. Condicionalismos dos instantes que se sucedem a alucinantes ritmos. Apetecia-me apagar a história... Mas não apago... "Cousas"...
Seria um desplante o homicídio a este umbilical fio que me une às pedras. Bem vistas as coisas, tornar-me-ia num assassino da essência. E não me apetece... Desculpem-me o incómodo... Prefiro manter este rumo a Nordeste. Mesmo que o Nordeste tenha deixado de ser um ponto colateral considerado na rosa-dos-ventos. Está lá algures, entre o nada e o nenhures, escondido onde visível é para toda a gente, obliterado por inexistentes remorsos de pedras tornadas artificialmente diamantes. Ou julgar-se-ão...
Crónicas de um definhar anunciado... Prenúncios de uma eternamente adiada moribundez, enquanto nos anunciam que o butelo deve ser matamorfoseado em "Wurst", e umas casulas adulteradas em qualquer coisa assemelhada a "getrocknete Bohnen"... Digo eu, que nada sei do linguajar das terras da Wehrmacht, olhares de supremacia em direcção a Sudeste, contágios a "Lissabon"...
Entre este nada e este nenhures, raio de repetição tantas neste meu algures, de apetência desenhados os genes, não me apetecia, apenas, apagar a história... Também me apetecia um "cibo de folar"... É tempo "deis", de "botar farinha n'ámassadeira", reviver, como num temporal orgasmo, a ancestralidade de uma tradição orquestrada a "massa mim marelinha" e a uns "bôs cibos de tchitcha" a ornamentar-lhe a alma... Resisto e não desisto, rumando a Nordeste...
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