Diz o incomparável que "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce". Por bandas de Terras de Cavaleiros, não façam os da casa milagres, que de milagreiros está exógeno espaço cheio, Deus quis, o homem sonhou, a obra nasceu. Numa qualquer conversa de rua, emanada do circunstancial, pacatez dos dias, abane-se o estabelecido, o diziam os líricos, rubrique-se verbal acordo a manifestação de vontades e avance-se para a reunião de desconhecido exército. Não um qualquer exército, apenas um batalhão de sonhadores que nutrem, em simultâneo, inusitada paixão por disparos sem vítimas. Ou vítimas haja, sorrisos ou rugas gravados a recolhas de luz, obturadores em acção, permaneçam em paz momentos do pretérito, ou falem as pedras, surja quem disponibilidade tenha para as escutar. Da procrastinação dos dias não é feita a vontade. É vê-los, visão em riste, poetas de imagens, artesãos do olhar, perscrutando a noite ou sugando o tutano dos dias. Talvez o efémero do pormenor ganhe, subitamente, eternidade.
Ou, vozes da reacção, o Restelo longínquo, não funcionarão, por bandas estas, da desgraça profecias. Queiram os feiticeiros recriar antídotos de fé muita, dobrar o das Tormentas e desbravar sentidos muito para lá da Taprobana. Deva o céu ser o limite, lá para um mar de estrelas nunca dantes navegado, onde os horizontes se diluam a metafísica. Querer é poder, o dizem os entendidos. "RAIS'PARTA" os ALUSTROS!!! Da resignação não desenham cartazes, telas formatadas a carolice, reinventam o tempo quando tempo não há. E sorriem, simplesmente sorriem, faces moldadas a sonho, que os olhos nunca se cansem e nunca fine a vontade. Depois, é só correr até à próxima paragem. Espíritos desenfreados em busca do nunca visto, irmandade da imagem, voam com os pássaros e lançam privadas orações aos altares da memória. Dizem que querem preservar o património e as gentes, planar como milhafres, entrar no estranho bailado nupcial de mergulhões, imiscuir-se nos aromas de selvagens orquídeas, disputar território a répteis e anfíbios. E captam afectos, na desumanidade da persistência, o dirão os escravos do medo. Talvez as paixões sejam mesmo assim, refrear do racional na irracionalidade do querer.
Não se explicam, sentem-se. Apenas e tão só, sentem-se. Digo eu, mero Cavaleiro Andante, sonhador de letras e imagens, é assim que vejo os sonhos.
Só os entendo esquissados a lápis sem cor, coloridos a giz de paixão. Numa qualquer lousa perdida no tempo e partida em partilháveis pedaços. Gostava de ser Alustro, a sério que gostava, ser parte de um bando de pardais à solta. Provavelmente, convidar-me-ão, tudo tem um preço afinal... Julgo já ter a ficha de inscrição, especial impresso para anónimos sócios, Macedo tem vida, ou vida quer ter. E tem património, gente, potencial, atmosfera... E tem Bornes, Nogueira... E Monte de Morais... E tem Azibo... E tem Alustro - Clube de Fotografia A. M. Pires Cabral... Venham mais cinco...
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1 comentário:
Abençoada conversa que deu aso a este grupo fantástico :)
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