Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A impavidez da impunidade
Ao lusco-fusco, o horizonte apareceu carregado a homicídio. Uma negra coluna de fumo erguia-se assustadoramente, impregnando o ar daquele putrefacto aroma a vida queimada. E as televisões regozijam... Neste país de profecia da desgraça, interessa preencher os telejornais com situações catastróficas, forma acabada de manipular as mentes através do medo. Anestesie-se a gente, bloqueie-se a capacidade de pensar e castre-se a segurança. Porque é isso que interessa... Ao olhar para mais um exemplo da impunidade que permite que continuemos a arder, lembrei-me de Bornes, do verde da serra e dos momentos que por lá passei a percorrer-lhe as entranhas. E fiquei impaciente, anormalmente impaciente. Atrevi-me a emoldurar os arrepios numa qualquer meditação que me afastasse os maus pensamentos. Mas os ditos persistiram até ter resolvido colmatar a angústia revendo as muitas fotos através das quais fui captando o tutano da serra. Serviram de bálsamo ao tormento de fazer futurologia catastrófica... Afinal de contas, a "minha" serra ainda está (por enquanto) virgem no que respeita aos malfadados incêndios. Até quando? Na minha pacata forma de estar até consigo compreender a existência de pirómanos. Para o que não tenho compreensão é para aqueles que revelam uma atroz incapacidade de deter o monstro. Interesses paralelos... Eu só não quero que queimem a "minha" serra, nem as serras dos outros... E, já agora, caso não seja pedir muito, apanhem os incendiários e mandem-nos para umas prolongadas férias nas Berlengas... Ou nas Desertas... De preferênica com as mãos amputadas. Assim mesmo!
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