Bem Vindo às Cousas

Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :







segunda-feira, 16 de junho de 2008

O maldizer das Cousas

Há uns anos atrás fui acometido por um acesso de fúria momentânea quando verifiquei o "presente" que um senhor agente tinha, "amavelmente", deixado no pára-brisas do meu carro. Estava a prevaricar, é certo. No entanto, as viaturas que já estavam estacionadas num local onde tal não é permitido, não tinham sido objecto da "amabilidade" do dito agente. Daí à manifestação da raiva iminente, foi um pequeno instante. O senhor agente aguardava na esquina. Dirigiu-se a mim naquela postura de sobranceria que, infelizmente, muitos conhecem e solicitou os documentos. Questionei sobre o motivo pelo qual só o meu carro estava multado. A resposta, em jeito de justificação mal dada, resumia-se à explicação de que os proprietários dos restantes veículos prevaricadores eram macedenses. Boa!!! Amavelmente (sem aspas), pedi-lhe que verificasse o meu BI e, após a sua devolução, agradeci a atenção, aceitei o critério pelo qual "só os de fora" é que eram multados, rasguei o "presente" e, sem mais palavras, segui o meu caminho. Parece que os anos alteraram o critério. A crer nas críticas da ACIMC, muito preocupada com as ondas de assaltos a casas comerciais que têm ocorrido em Macedo. E consternada pelo elevado número de contra-ordenações cujo motivo reside no mesmo "crime" que eu próprio cometi. A verdade é que, nas oportunidades que tenho de circular por Macedo, nem me apercebo da presença dos senhores agentes, a não ser pelos enigmáticos "presentes" que aparecem do nada a decorar os automóveis "mal" estacionados. Ainda recentemente, numa situação particular, necessitava de encontrar um agente na via pública e, depois de algumas voltas, não restou outro remédio que não deslocar-me à esquadra onde, obviamente, encontrei o que precisava. Esqueci-me, no decorrer desse episódio, de me deslocar em direcção a qualquer uma das saídas de Macedo. Porque, verdade seja dita, são raras as ocasiões em que não me deparo com mais uma "operação stop". E, verdade, verdadinha, como já aqui abordei, a dita onda de assaltos tratou-se de casos isolados. Por isso, outra coisa não me resta que acreditar (mesmo!) que os assaltos foram levados a cabo, mas um de cada vez. Por tal, isolados... Tal como os "presentes", apesar de proliferarem pela cidade, surgem isoladamente em cada um dos pára-brisas...
Vamos ter mais uma praia no Azibo! Desta vez, mais próxima de Macedo. Como Vale de Prados fica mesmo aqui ao lado, pode ser o pretexto para, finalmente, relembrar os velhos tempos em que me aventurava de bicicleta até à "barragem". Só espero que, pelo caminho, não apanhe com alguma bola transviada proveniente do futuro campo de golfe (a verdade é que desconheço a localização concreta do dito campo, mas apeteceu-me rir comigo próprio com a imagem de apanhar uma bordoada - que as bolas de golfe são mesmo duras - enquanto me divertia a pedalar).
Uma das minhas "meninas dos olhos", a linha do Tua, reabriu. Confesso que a resignação vai, gradualmente, tomando conta de mim. Reconheço que, mais acidente, menos acidente, hão-de acabar por encerrá-la em definitivo. Até lá, dou pulos de contente sempre que me apercebo que ainda não desligaram a "máquina". E, sempre que as minhas articulações o permitirem, insistirei na repetição do tema até à exaustão. Se necessário fosse, não recusaria uns tostões do TGV para a manutenção de uma emblemática obra de verdadeira engenharia...
Ah!... Para esquecer os lucros astronómicos da Galp, para anestesiar a mente em relação à alteração de uns "dinheiritos" para as forças armadas por não haver verbas disponíveis parecendo existirem para aquisição de Mercedes (passe a publicidade) para quem tutela a pasta, para entorpecer os sentidos em relação à minha contribuição para reduzir nuns minutos a viagem de comboio entre Lisboa e Porto, para não falar de pessoas despedidas da Petrogal com chorudas indemnizações que a seguir são contratadas pela Galp a peso de ouro, para não chorar pelas cerejas que este ano não houve e para não pensar que amanhã tenho que ir atestar o depósito do meu carro: A SELECÇÃO ESTÁ NOS QUARTOS-DE-FINAL!!! A sério, de vez em quando, sabe-me bem ser "tuga" (acho que este é o carimbo que alguns intelectuais - esses mesmo que ficam incontactáveis, ocasionalmente, por 90 minutos - colocam nos "fanáticos da bola"). E cumpro, religiosamente, o ritual de assistir aos jogos de "jersey" com o símbolo das quinas. E canto o hino. E emociono-me. E perco, por dois períodos de 45 minutos, as estribeiras. Nos 15 intermináveis minutos do intervalo, tem que vir a companhia da "mini" e duma lasca de presunto ou duma rodela de salpicão, com umas azeitonitas, cujo tratamento não foi verificado pela ASAE, e por um "carolo" de pão do "Ti Luís". Depois desse breve intróito, segue-se o normal desfilar de não-frases que desafiam qualquer gramática de Língua Portuguesa, mesmo que seja uma daquelas que jamais utilizarei, provenientes do "acôrredo ôtôguiráficô"...

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