
Estes fins-de-semana azedam-me a alma. Reafirmo o que já anteriormente explanei por aqui: Macedo faz-me bem. O que me faz mal é o regresso, especialmente quando o mesmo coincide com os magotes de gente que regressam à terra para mais uma manifestação de vaidade a propósito dos entes que, infelizmente, já cá não estão. Já não me recordava da utilização de linguagem tão vernácula enquanto percorria, uma vez mais, o arcaico IP4. A sério!!! Fico possuído por uma qualquer limitação vocabular sempre que tenho que percorrer quilómetros a fio atrás de gente que não sabe circular a mais de 60/70 Km/h e que, para além de me atrasarem a vida, ainda se atrevem a ultrapassar-se uns aos outros a velocidade de caracol, colocando em perigo os que vêm em sentido contrário. Como já efectuei a confissão pública, sinto um suave aliviar do peso que os f..... e afins me provocaram... Adiante...
Não gosto do dia 1 de Novembro. Não pelo que representa, mas porque não preciso dele para prestar homenagem aos que já me deixaram. Essa, presto-a diariamente e sempre que acorro a terras macedenses. Dispenso a manifestação pública de hipocrisia, particularmente a daquela gente que passa um ano a deixar acumular folhas secas, pó e velas gastas nos locais onde repousam os seus entes queridos. Chegado o dia 31 de Outubro, renovam-se os votos de que a "campa do meu qualquer coisa" tenha o arranjo floral mais bonito da freguesia e arredores. Não vá o povo criticar... E, na verdade, desde que, há uns anos saí ensopado dessa manifestação pública, enquanto o "ministro" fazia a sua digestão resguardado debaixo do tecto da capela, perdi por completo a vontade de por lá marcar a minha presença. Até porque, num qualquer futuro (que espero esteja ainda muito distante), lá marcarei presença eterna...
Para lá destas manifestações de vaidade pública, continuo a gostar das minhas incursões a Macedo. Mesmo que, cada vez mais, me sinta mais "cota" e mais "alien". O que, em certas circunstâncias, dá o seu jeito: pelo menos, não tenho que aturar aquela gente que, invariavelmente, me perguntava "então, o que fazes?"... Dispenso... O que não dispenso são as refeições divinais e a companhia das pessoas que vão marcando os trilhos da minha vida. Desta vez (E PORQUE SEI QUE ELAS VERÃO MAIS ESTE POST!), senti a falta do sorriso da minha bailarina favorita e da "lavadora oficial da loiça familiar em dia de Santos"... Como não pude dizer-lhes um olá presencial, fica aqui um virtual, esperando que, em época natalícia já não haja necessidade de recorrer a meios tecnológicos...