Bem Vindo às Cousas
Puri, se tchigou às COUSAS, beio pur'um magosto ou um bilhó, pur'um azedo ou um butelo, ou pur um cibinho d'izco d'adobo. Se calha, tamém hai puri irbanços, tchítcharos, repolgas, um carólo e ua pinga. As COUSAS num le dão c'o colheroto nim c'ua cajata nim cu'as'tanazes. Num alomba ua lostra nim um biqueiro nas gâmbias. Sêmos um tantinho 'stoubados, dàs bezes 'spritados, tchotchos e lapouços. S'aqui bem num fica sim nos arraiolos ou o meringalho. Nim apanha almorródias nim galiqueira. « - Anda'di, Amigo! Trai ua nabalha, assenta-te no motcho e incerta ó pão. Falemus e bubemus um copo até canearmos e nus pintcharmus pró lado! Nas COUSAS num se fica cum larota, nim sede nim couratcho d'ideias» SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DAS COUSAS. COUSAS MACEDENSES E TRASMONTANAS, RECORDAÇÕES, UM PEDAÇO DE UM REINO MARAVILHOSO E UMA AMÁLGAMA DE IDEIAS. CONTAMOS COM AS SUAS :
domingo, 26 de setembro de 2010
A variabilidade das conveniências
domingo, 19 de setembro de 2010
Insónias por ingestão excessiva de uns fornos
A submersão nas cristalinas ondas pétreas, rápidas ascensões ao tecto de um particular mundo, sentido nas entranhas, vulgarizado por uma paixão sempre tida. O expoente dos sentidos, a cada mergulho em poeirentas estradas, a cada vertiginosa descida pelos rápidos de uma corrente de nadas desenhados a quase vazias florestas de almas penadas... E uma ponta de orgulho a cada curva, incrementos numa estranha adoração que revê um tesouro em cada "bulharaco" ou em cada minúscula pedra, como se nunca os tivesse visto, ou lhes tivesse sentido a textura.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Encantos de Setembro (III) - Tertúlias na Interioridade Literária
Conduzi as extremidades de superiores membros ao par de componentes que filtram as cores do mundo, numa desesperada tentativa de me vincular à realidade. Esfreguei denodadamente, revolvendo pálpebras e pestanas, breve escuridão de irresponsabilidade, efémero acto de presentear os globos com alguma conjuntivite... Porém, de volta ao planeta, alucinação não era, e de metafísicas formas, nem sinal. Era real, intensamente real, pasme-se! Ali estava, bem à frente das "bistinhas c'a terra há-de cumer", um quadro de intrepidez, arrojo de um duo de almas a querer lançar sementes de abcedário na pretensão de inóspito solo.
Talvez essas fossem as dores, algias de braços trémulos pela lavra, desconfortos de suor brotado de uma fonte de incerto porvir. Talvez os prazeres fossem outros, a adrenalina da incógnita, a inviolabilidade do querer. Na dúvida, ficou a agenda rasgada a traços de "TERTÚLIA" em folha de dia de aniversário da progenitora. Mais não fosse, a incomum tentativa não morreria sem assistência, sedentos genes loucos em busca de um oásis distinto de oásis outros que povoando vão terras onde cheira a prenúncio de morte. Mas isso são contas de ocultos rosários, sub-reptícias formas de ermar o que ermado nunca foi... No dia, lá estaria, orgulhoso de ver a minha terra num literário gemido.
Grito de Ipiranga, diria, num assomo de inusitada coragem, desvairadas melancolias livrescas, dirão os mais atentos a qualquer sinopse de brejeiro sentir. "Anyway"... Viradas as folhas do calendário, assentados arraiais no macedense primo do de Belém, encantamentos pela pureza do desbravar de trechos, inquietantes formas de encarar o público por uma magnífica decifradora de vocábulos da alma, sorriso aberto, escudo incapaz de disfarçar o excesso de nervosismo, deliciosos enganos geradores de arrepios, uma voz que ecoou pelo âmago de macedense sentir, inesquecível gravação neste xisto interior de uma privacidade que só eu sinto e não partilho.
Desfilem as ideias, prestem-se auditivos sensores ao entorpecimento da palavra, mágicos torpores, diria, num acervo de vozes e retratos de distinto sentir. Cale-se a poesia que a prosa vai falar. Silencie-se esta, honra à crónica seja dada. Escute-se, agora, a chama de indecifráveis, vezes muitas, poéticas chamas. Clamem as letras históricas pelo seu heróico lugar, deixem-se fundir, também, na ficção de romanceadas histórias, ou verta a sabedoria de acumulada vivência por macedenses ruas. Inebriem-se os sentidos, somente, portas escancaradas ao pingue-pongue entre a veterana escrita e o imberbe escrever.
Permissão seja dada ao deambular por entre prismas de tons de unicidade, verdades muitas, verdades outras, cúmplices seres que aram a pena, miscelânea de ingredientes de uma estranha confecção, pastelaria dos sentidos, bolo da alma. Aconteceu, irremediavelmente aconteceu, algures onde o setentrião se cruza com o sol nascente, parando, escutando e olhando, talvez tenha finado o enterro, ou tenha belzebu deixado de lhe querer assistir. Ou tenha o futuro renascido das cinzas, milagre das têmporas de algum padroeiro ibérico, Martim de Macedo, quiçá, segredos desvendados, de queimados fontanários ou do primeiro da de Borgonha. Desviou-se o tiro, a bruma o cegou, a noite dos tempos lhe serviu de aconchego.
Ausentou-se o fresco sabor da marmelada fresca, descansos de época, da cafeína, também. No final, sei e sinto que persistem chávenas de negro líquido, em "solo" pedido do lado de lá da fronteira, "cargado" de preferência, transmontana paixão de irreprimível sentir. Como alguém que serve de cavalgadura ao "Cavaleiro" terá dito, num sentido mas breve adeus, ressuscitando palavras de meio século, voltarei eu também. Singela e grata homenagem desenhada a V de vitória & a P de persistência... sábado, 4 de setembro de 2010
Encantos de Setembro (II) - Refulgências de pele lamacense
A Festa... Era no Domingo. Pretérito futuro, perfeito ou imperfeito, num envolvimento mais que perfeito. Eram as cores, garridas, até, trajes de gala que engalanavam o âmago de um qualquer orgulho que parecia irremediavelmente perdido, no quotidiano de "gadanhas", "seitouras" e "aixadas". Sujas roupas, desajeitadas vestes amparadas pelas Sortes, o Moral, Cristelos, Cedelais ou uma Canelha qualquer. Nesse dia ocultava-se a gente "imbuligada" da terra, excepção aos garotos, irrequietos "cmó catancho", desenfreadas correrias pelo aglomerado de gente com roupa "striada de nóbo". E não se ouvia o melancólico ranger dos veículos de tracções outras, alaranjadas formas calcorreantes de caminhos ornados a pó, onde me empoleirava, vezes sem fim, "stadulhos" por segurança, infância doirada por companhia.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Encantos de Setembro (I)
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