
...com murmúrios de xisto. Ou identidades que tresandam à poeira do estio, eriçada por infames "biqueiradas" no velhinho campo da bola, no Toural, na Praça, na Estação, ou noutro macedense lado qualquer. Correrias intemporais, lavradas a desenfreadas infâncias, restauradas por inevitáveis avanços na tecnologia de ancestrais charruas. Ontem lavrava-se a pena, hoje massacram-se as extremidades de anelares, indicadores e restantes irmãos, ajeitem-se os seres às negras teclas. Mas a essência está lá. Lá, cá, ou noutro lado qualquer... Sou mais prosaico que poético, confesse-se a alma. Alma minha que, confissões feitas, resistência não dá a poéticas passagens de um ser que carrega fardo semelhante ao meu: é macedense. Se é que isso é fardo de monta... Mas alivia o peso "botando ó mundo" as lamechices próprias de quem exala aromas esquissados a vivências nunca perdidas. E que bem que fazem aos sensoriais receptores! Lê-se, relê-se, devora-se, em nunca acabadas histórias contadas a, por vezes diga-se, indecifráveis vocábulos. Volte-se atrás, apenas, numa efémera regressão, como se os signos adquirissem tonalidades nunca inventadas, dando sentido a um trivial prazer de observar o mundo com olhos de réptil alado ou, inventem-se formas outras, visões de inanimados seres que, instantes breves, privados se vêem do mutismo que as formas lhes deram. Pode ser uma cadeira, uma mesa talvez, prostradas numa esplanada qualquer, acariciando um pires que suporta o peso de uma chávena de líquido fumegante... Com uma qualquer história para contar... De gente, do tempo, do trânsito, do céu, do mar, do paraíso... Injecções de cafeína poética... Enquanto se aquece o esófago com um "café solo"...
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