Mais não seja por retemperar forças com umas belíssimas alheiras fora de época. Seria injusto caso me limitasse a remeter-me para os prazeres gastronómicos. Na verdade, Macedo faz-me bem por motivos bastante superiores a umas alheiras (não que estas não constituam um óptimo complemento). A começar pelos preparativos de mais uma viagem que atravessa montes e vales, pintados por cores únicas. Já subi e desci o Marão uns centos de vezes e consigo sempre descortinar algo novo e único. Nem que seja uma pedra eremita para a qual nunca tinha direccionado o meu olhar. E, quando entro na província transmontana propriamente dita (que o Marão é serra dividida), não deixo de me perder com os aromas que, apesar de familiares, me servem de reconforto à alma. Da mesma forma, à medida que me aproximo de Macedo, não deixo de sentir a envolvência única dos tons que marcam a deslumbrante paisagem que acompanha o serpentear do caduco IP4. Finalmente, assemelhando-se a uma "revisão da matéria dada", é sempre com uma renovada emoção que reencontro os "meus" locais e a "minha" gente. Pode soar um pouco estranho, mas existe sempre a sensação de que é a primeira vez que chego à terra que me viu nascer. A realidade é que permanece tudo como se o tempo tivesse sido vítima de algum acidente nos seus ponteiros: as mesmas ruas, as mesmas casas, as mesmas pessoas. No entanto, ou os meus olhos sofrem de algum traumatismo amnésico, ou até a Serra de Bornes me parece sempre diferente... Cousas de um macedense sempre em busca de um regresso às origens...
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Macedo faz-me tão bem
Mais não seja por retemperar forças com umas belíssimas alheiras fora de época. Seria injusto caso me limitasse a remeter-me para os prazeres gastronómicos. Na verdade, Macedo faz-me bem por motivos bastante superiores a umas alheiras (não que estas não constituam um óptimo complemento). A começar pelos preparativos de mais uma viagem que atravessa montes e vales, pintados por cores únicas. Já subi e desci o Marão uns centos de vezes e consigo sempre descortinar algo novo e único. Nem que seja uma pedra eremita para a qual nunca tinha direccionado o meu olhar. E, quando entro na província transmontana propriamente dita (que o Marão é serra dividida), não deixo de me perder com os aromas que, apesar de familiares, me servem de reconforto à alma. Da mesma forma, à medida que me aproximo de Macedo, não deixo de sentir a envolvência única dos tons que marcam a deslumbrante paisagem que acompanha o serpentear do caduco IP4. Finalmente, assemelhando-se a uma "revisão da matéria dada", é sempre com uma renovada emoção que reencontro os "meus" locais e a "minha" gente. Pode soar um pouco estranho, mas existe sempre a sensação de que é a primeira vez que chego à terra que me viu nascer. A realidade é que permanece tudo como se o tempo tivesse sido vítima de algum acidente nos seus ponteiros: as mesmas ruas, as mesmas casas, as mesmas pessoas. No entanto, ou os meus olhos sofrem de algum traumatismo amnésico, ou até a Serra de Bornes me parece sempre diferente... Cousas de um macedense sempre em busca de um regresso às origens...
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