... ou a degola dos ditos. Implacável, silenciosa, atormentadoramente silenciosa. Como uma neoplasia maligna, adenocarcinoma da alma, sente-se, uma lenta corrosão das entranhas, uma submersão forçada onde até as silvas servem de verdugo ao afogado, renegando o comum senso. As "Cousas" foram geradas através de inseminação natural, num coito pétreo que renega Darwin e adultera Lineu, onde o metamórfico xisto se fundiu com o ígneo granito, gestação de um corpo com pés de sobreiro, pernas de oliveira, tronco de castanheiro, braços de videira, cabeça de súbdito do Reino Maravilhoso, alma de descendente de Principado Macedense. Talvez a alimentação devesse resumir-se a batatas e centeio, castanhas e azeite, bísaro e mirandesa. Talvez a rega devesse limitar-se à proveniência do Azibo, do Tua ou do Sabor.
domingo, 17 de outubro de 2010
O "silente dos inocêncios"...
... ou a degola dos ditos. Implacável, silenciosa, atormentadoramente silenciosa. Como uma neoplasia maligna, adenocarcinoma da alma, sente-se, uma lenta corrosão das entranhas, uma submersão forçada onde até as silvas servem de verdugo ao afogado, renegando o comum senso. As "Cousas" foram geradas através de inseminação natural, num coito pétreo que renega Darwin e adultera Lineu, onde o metamórfico xisto se fundiu com o ígneo granito, gestação de um corpo com pés de sobreiro, pernas de oliveira, tronco de castanheiro, braços de videira, cabeça de súbdito do Reino Maravilhoso, alma de descendente de Principado Macedense. Talvez a alimentação devesse resumir-se a batatas e centeio, castanhas e azeite, bísaro e mirandesa. Talvez a rega devesse limitar-se à proveniência do Azibo, do Tua ou do Sabor.
Infelizmente, há interesses maiores do que os do coração, da alma e das raízes. Esses Calistos Elóis do nosso tempo venderiam a alma da própria mãe. Não nos servem, servem-se.
ResponderEliminarTemo que nós pouco ou nada possamos fazer, como sempre. :(
Pois quanto a mim há que adoptar a sua postura e parafraseando um certo poeta, não deixar que a nós ninguém nos cale e havemos de lutar contra essa corja de canalhas centralistas até que nos reconheçam que há mais Portugal do que a sua cidade e metam naquela cousa a que chamam cabeça, uma outra cousa a que se chama inteligência.
ResponderEliminarO que podemos fazer? Talvez transformar em realidade o "podem roubar-me a comida, mas jamais me roubarão a fome"... :)
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